"Fechámos o ano com chave de ouro, com a vitória em Portugal"     

Um ano atípico, mas que revelou Miguel Oliveira ao mais alto nível internacional, com duas vitórias no circuito Moto GP. O triunfo em Portimão "foi fantástico, um sentimento difícil de encontrar".

O piloto português, que foi uma das figures nacionais do ano ao conquistar duas provas do campeonato de Moto GP, a categoria principal do Campeonato Mundial de velocidades em motos e o mais antigo Campeonato do Mundo de desportos motorizados, reconhece que este "foi um ano muito atípico". No início, Miguel Oliveira esperava ter "um ano normal". "Mas acabámos todos por ser apanhados com toda esta situação da Covid. Vimos, logo em março, o nosso calendário a ser reajustado, quase semana a semana, portanto foram meses de grande incerteza." Mas, assim que o trabalho pôde ser retomado, em julho, "num novo formato, obviamente adaptado a toda a situação pandémica que vivíamos, e estamos a viver, foi uma sensação de alívio saber que poderíamos voltar à competição".

O piloto português admite que se sentiu "muito grato" por poder continuar a fazer o seu trabalho, "por ter essa oportunidade, mesmo sem os fãs". "Sinto que extraí o máximo de mim de 2020, a nível competitivo, com duas vitórias, sinto que fechámos o ano com chave de ouro, com a vitória em Portugal." Sobre o triunfo em Portimão, no Algarve, "foi fantástico, um sentimento difícil de encontrar. Apesar da minha vitória na Áustria ter sido muito emocionante, obviamente que a vitória em Portugal teve um sabor especial". Miguel Oliveira não deixa de reconhecer que o ano da pandemia, para si, em termos pessoais e desportivos, fica "marcado por boas sensações". Mas também lhe aumenta a responsabilidade e os desafios: "Obviamente que a minha tarefa é fazer 2021 muito melhor que 2020, de forma a fazer deste último um ano apenas razoavelmente bom, mas será sempre para mim um grande motivo de orgulho recordar 2020 como um marco histórico", com as suas duas vitórias no Moto GP.

Sobre a prestação desportiva portuguesa em 2020, Oliveira enaltece "dois grandes atletas do automobilismo que se destacaram, o Filipe Albuquerque e o António Félix da Costa". Noutras modalidades, já foi mais complicado alguém sobressair, "com tudo cancelado, foi difícil, sobretudo verem os Jogos Olímpicos cancelados"; para mais, quando, na opinião do piloto nacional, "tínhamos uma armada portuguesa muito forte, para nos representar". "Tivemos grandes prestações no ciclismo, no Giro de Itália; portanto, acho que, desportivamente, 2020 foi um ano onde ainda se pôde retirar bastante para o nosso país."

Limitando as suas escolhas exclusivamente ao desporto, Miguel Oliveira não consegue "escolher uma figura apenas no ano de 2020, uma vez que o desporto teve muitos atletas a singrarem". "Espero que 2021 seja igualmente bom ou muito melhor, que é isso que esperamos todos."

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