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O impacto na melhoria do rendimento escolar está provado, mas Portugal não cumpre a diretiva europeia que prevê a introdução do xadrez nas escolas. Agostinho Roxo, dirigente da Federação Portuguesa de Xadrez, lamenta, em entrevista à TSF, que Portugal ignore estas orientações.
"As escolas deveriam dar mais atenção do que aquela que dão. Há uma recomendação do parlamento europeu de 2012 que aconselha os estados-membros a introduzir o xadrez nas escolas como atividade curricular. O que acontece é que tal como muitas recomendações que são feitas não foi aplicada", sustenta
Ouça a entrevista de Fernando Alves a Agostinho Roxo
Agostinho Roxo explica, contudo, que "quer as associações de pais quer alguns coordenadores de escola quer algumas juntas de freguesia que têm responsabilidades nas escolas chegaram à conclusão que o xadrez era bom para a formação dos seus jovens e começaram a aparecer muitas solicitações da parte dessas entidades por forma a que o xadrez entre nas escolas".
"Antes da pandemia, só na zona de Lisboa havia perto de três mil jovens em escolas oficiais a aprender xadrez. Com a pandemia isso desmoronou-se tudo", acrescenta.
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O dirigente da Federação Portuguesa de Xadrez diz que, em matéria de xadrez, Portugal está muito atrasado em relação à estratégia internacional.
"Muitos países apostaram no xadrez como forma de aprendizagem, de formação dos seus jovens e Portugal não tem tido verbas suficientes para isso e, portanto, não tem conseguido", remata.