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"Segurança e previsibilidade" são as palavras-chave que levaram ao desenho do plano "Nascer em Segurança no Serviço Nacional de Saúde" (SNS). O diretor-executivo do SNS, Fernando Araújo, revela que o objetivo na região de Lisboa e Vale do Tejo é evitar o encerramento das urgências em Vila Franca de Xira e no Barreiro-Montijo, como estava anteriormente planeado.
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"Trata-se de maternidades de relevância, não apenas do ponto de vista assistencial, mas até do ponto de vista da formação de novos obstetras, de novas equipas, de novos enfermeiros. São áreas muito importantes para o Serviço Nacional de Saúde em termos do acesso dos próprios utentes. É uma abordagem diferente, no sentido de conseguirmos que estes locais se mantenham abertos e tentar perceber se o sistema está estável, se resiste e se podíamos abordar o processo desta forma, evitando o encerramento definitivo que, em geral, depois do bloco de partos leva ao resto do serviço. Tem impacto na pediatria e, acima de tudo, na proximidade e no acesso da população", explica Fernando Araújo em conversa com a TSF.
Ouça a entrevista da TSF com Fernando Araújo.
Este plano, refere o novo diretor-executivo do SNS, tem "segurança e previsibilidade" como linhas orientadoras, com o objetivo de evitar "fechos imprevistos" e responda tanto aos utentes como aos profissionais. "O importante", realça Fernando Araújo, "é que a grávida tenha sempre uma resposta próxima da sua residência que seja robusta, que saiba que está mesmo aberto e que vai responder com enorme segurança aos seus problemas".
Contudo, o plano também é para o futuro: "É um programa que vai ser avaliado de uma forma muito próxima pela direção executiva, para percebermos os resultados e, a partir daí, tentarmos delinear o vai acontecer durante 2023 e até no futuro. O que nós não queremos é que aconteça um verão semelhante ao deste ano."
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Fernando Araújo rejeita que a popularidade das decisões tenha tido qualquer tipo de peso no desenho do plano, garantindo que "a abordagem foi muito técnica" e que defende "o interesse das grávidas" e a segurança dos profissionais.
O diretor-executivo do SNS assegura que o plano foi bem acolhido pelos profissionais: "As pessoas querem, acima de tudo, essa questão da organização e do planeamento. Esta questão da previsibilidade com segurança é um dos elementos fundamentais. Se tiverem essa tranquilidade, eles vão fazer o que sabem, que é tratar das mulheres grávidas com cuidados de excelência".
"Vamos avaliar como é que o sistema vai comportar-se, tendo como primeira dimensão a questão da segurança em todo o processo. É isso que nos importa. E, acima de tudo, esperar que haja essa tranquilidade e que haja essa divulgação da informação para que a utilização destes serviços seja o mais efetiva possível", reitera Fernando Araújo.

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Na península de Setúbal, o Hospital Garcia de Orta, em Almada, vai estar sempre aberto e a rotação será feita entre o Hospital do Barreiro (aberto no Natal) e o Hospital de S. Bernardo, em Setúbal (a funcionar no Ano Novo).
A norte de Lisboa, a rotatividade é feita entre Santarém, Abrantes e Caldas da Rainha, com rotação diária. Na véspera de Natal estará Santarém a funcionar em pleno e no dia 25 é a vez de Abrantes. No dia 30 de dezembro todos estarão a funcionar, enquanto no último dia do ano Santarém e Abrantes estarão a funcionar na sua plenitude.
O plano vai ser avaliado todos os meses para se definir os próximos passos para os restantes meses de 2023.