Filas de espera no aeroporto de Faro preocupam Turismo do Algarve

O presidente da Entidade Regional de Turismo (ERTA) teme que a passagem do SEF para PSP no controlo de fronteiras seja realizada em plena época alta.

As filas de espera que se têm formado às chegadas dos voos provenientes do Reino Unido estão a preocupar o presidente do Turismo do Algarve. Nesta altura estão a decorrer as férias escolares intercalares naquele país, o que, aliado ao bom tempo no Algarve, tem trazido de férias muitas famílias inglesas. Mas João Fernandes lembra que vêm aí dois acontecimentos desportivos que trarão mais gente e recorda que no último fim de semana já se verificou uma situação complicada. "Houve 215 voos desembarcados no aeroporto de Faro, o que é um recorde em termos de fim de semana, que já não ocorria desde o início de 2020", afirma. "É natural que com o Moto GP e o Masters de Golfe [eventos previstos para a próxima semana] possa haver algum afluxo de chegadas." As filas para passar nas fronteiras têm-se avolumado.

Além disso, o mês de novembro está já com muitas reservas para os campos de golfe.

Por já não fazerem parte do espaço Schegen, os passageiros do Reino Unido têm de passar pelo controlo de fronteiras do SEF.

Com a extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, já aprovada no Parlamento, João Fernandes teme que a situação vá piorar ainda mais. " A minha principal preocupação é que as competências de controlo de fronteiras no aeroporto vão passar para a PSP e as e-gates instaladas a propósito do Brexit [ que permitem uma passagem automática e mais rápida pela fronteira ] ainda não estão funcionais", garante o presidente da ERTA. O pior, estima o presidente do Turismo do Algarve, é que a passagem de serviço de uma polícia para outra se dará na época alta. "Talvez não seja a melhor altura para fazer testes", ironiza.

Para acudir à situação atual e ao afluxo de mais turistas do que o expectável nesta altura do ano, João Fernandes faz um pedido: que sejam colocados em Faro elementos que estão a frequentar nesta altura um curso de novos agentes. "Espero que não fiquem todos em Lisboa, como infelizmente noutros tempos aconteceu", lamenta.

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