Rui Moreira afirma que absolvição no caso Selminha acaba por salvaguardar a sua honra e que foram tempos de sofrimento.
"Para além da absolvição, foi reparada a minha honra e desfeita qualquer dúvida que pudesse existir", disse o presidente da Câmara Municipal do Porto em conferência de imprensa.
O autarca também considera que o caso foi politizado para o afetar: "O processo foi sempre político. Este processo foi sempre político."
Rui Moreira afirma que os portuenses podem questionar-se "se os resultados das últimas eleições autárquicas não terão sido afetados pela cortina de fumo e de suspeição", visto que "mesmo sem sentença", foi "condenado insistentemente na praça pública".
"Não fossem os portuenses fortes, atentos, com caráter granítico e a saberem reconhecer e dedicação que sempre lhes tive, e eu e esta equipa de vereadores não teríamos ganho as eleições autárquicas", atira.
"Não posso dizer que na sua origem fosse político, mas transformou-se sempre num processo político", realça.
Rui Moreira acredita que a decisão do Tribunal de São João Novo, no Porto, "é bem representativa de que a acusação não tinha qualquer fundamento".
"Não consigo esconder que sofri muito Sofri eu, sofreu a minha família, sofreram os meus amigos. Sofreram os portuenses", lamenta.
Quanto ao Ministério Público, o presidente da Câmara do Porto diz "é livre de interpor o recurso", mas que fica surpreendido "que tendo um mês para recorrer, não tenha lido extenso acórdão".
"Não posso deixar de lamentar que o MP e a instrução do processo não tenha ouvido uma testemunha chave: o doutor Pedro Neves e Sousa", disse Rui Moreira.
