Governo abre 500 vagas no setor social para doentes "sociais"

Uma das apostas é permitir que o utente possa escolher, a cada momento, o centro de saúde mais próximo com horário alargado.

São geralmente idosos que vão ficando nos hospitais por não terem quem os acolha. A partir "desta semana" estas pessoas serão encaminhadas para instituições do setor social, a começar pela região de Lisboa. É uma das medidas do Plano de Inverno para ajudar o Serviço Nacional de Saúde a responder à procura acrescida.

"Temos a certeza de que este plano não vai resolver o problema das urgências", esclarece o ministro da saúde, mas Manuel Pizarro quer pelo menos acabar com a expressão "caos" associada às notícias sobre urgências hospitalares que se repetem, no mesmo tom, ano após ano.

Uma das apostas é permitir que o utente possa escolher, a cada momento, o centro de saúde mais próximo com horário alargado. "Será uma nova funcionalidade do Portal da Saúde", assegura o ministro, que acrescenta a particularidade essencial, "esses centros de saúde atendem qualquer pessoa, não apenas os doentes daquela área de residência ou os doentes inscritos".

O objetivo é tirar casos não urgentes dos serviços de urgência, e para isso também será criado "via verde para consultas no centro de saúde num prazo de 24 horas". O nome pomposo refere-se à pretensão de reencaminhar os doentes não urgentes para os cuidados primários onde deveriam ter ido em primeiro lugar, caso estivessem abertos.

De novo, Manuel Pizarro assegura que este desvio só acontece se o utente concordar, o argumento é que sai da urgência hospitalar já com consulta agendada num centro de saúde, ainda nesse dia ou no seguinte.

À volta das urgências faz-se ainda referência a "planos de contingência para responder à retenção de ambulâncias às portas de urgências hospitalares", vulgo engarrafamentos de ambulâncias e macas à espera de atendimento. A preocupação aqui é libertar as macas e os meios de transporte de doentes urgentes que podem estar a fazer falta noutras emergências. A ideia é, sobretudo nos maiores hospitais de Lisboa, "rearrumar os doentes urgentes", ou seja, criar novos espaços de atendimento que permita que se espere o atendimento fora das ambulâncias e das macas.

O resto do plano é, no essencial, semelhante ao de invernos anteriores: vigilâncias aos vírus respiratórios, atenção aos mais vulneráveis, vacinar, ventilar espaços, recomendar o uso de máscaras em espaços com mais potencial de contágio e, acima de tudo, tentar adaptar a resposta do SNS às necessidades de cada momento.

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