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A delinquência juvenil e a criminalidade grupal estão entre os crimes que mais aumentaram em 2021, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), sobretudo associada a grupos de jovens, entre os 15 e os 25 anos de idade, com "vasto historial criminoso centrado essencialmente na prática de roubo, furto, ofensa à integridade física e ameaça, durante o período noturno".
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Entre as quase cinco mil participações, foram detidas 832 pessoas e abertos 30 inquéritos tutelares educativos, cujas infrações principais vão desde dano com violência a detenção de arma proibida, homicídio, roubo e sequestro.
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Só na Área Metropolitana de Lisboa estão já identificados 12 grupos e 255 pessoas.
Para Bacelar Gouveia, presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, a melhor medida para combater este tipo de crimes pode passar pelo aumento da videovigilância.
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"É essencial hoje, está provado em todo o mundo, que a multiplicação das câmaras de vigilância nos espaços públicos, como nas praias, tem um efeito muitíssimo benéfico de dissuasão e, em concreto, na diminuição dos crimes praticados", afirma, em declarações à TSF.
Bacelar Gouveia defende o aumento da videovigilância
Além disso, defende, é preciso reforçar o "policiamento dos transportes urbanos ferroviários, que tem sido descurado", assim como de praias e espaços comerciais. Isto numa altura em que se verifica uma diminuição do efetivo das forças policiais, "atingidas por sucessivas vagas de reformas".
"Sem forças de segurança, não há segurança", diz Bacelar Gouveia
O presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo aponta outras duas preocupações: a violência doméstica, em especial contra crianças, que "muitas vezes não é comunicada e não chega ao conhecimento das autoridades" e os acidentes rodoviários, com "aumento significativo dos feridos graves" - mais 14% face ao período homólogo - apesar do confinamento.
