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No ano passado, Portugal registou as taxas de chumbos e de abandono escolar mais baixas da década no ensino básico geral, revela o relatório "Estado da Educação 2019", divulgado esta segunda-feira pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).
No secundário, a taxa de a taxa de escolarização também aumentou de forma expressiva, no entanto, desde 2010, a educação pré-escolar perdeu 30 mil crianças.
O documento recorda que no ano letivo de 2018/2019 havia cerca de 950 mil crianças e jovens no ensino básico - entre o 1.º e o 9.º ano de escolaridade - e que, em dez anos, estas escolas perderam quase 170 mil estudantes.
No ensino básico 5% dos alunos são estrangeiros, oriundos 178 países.
Nas universidades e nos politécnicos públicos há mais alunos e mais professores, ao contrário do que acontece no privado, onde uns e outros têm vindo a diminuir.
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O estudo nota que Portugal é dos países europeus onde existem muitos estudantes a pagar propina e poucos a receberem bolsas.
Em 2019 aumentou o número de doutorados, mas Portugal é o único país da União Europeia onde metade dos adultos tem como nível de educação mais alto o ensino básico.
No ano passado, a despesa com educação de adultos foi das mais baixas da década.
O Conselho Nacional de Educação observa que é necessário ofertas mais diversificadas e prestigiantes de ensino profissional.
Outra conclusão: "A escola portuguesa parece demasiado centrada no aprender verbal para reproduzir e aplicar, e insuficientemente focada no aprender fazendo, aprender a fazer e aprender a partir do fazer".
No que toca às despesas, o relatório lembra que em 2019 o Estado gastou nove mil milhões de euros em educação, mais do que no ano anterior, mas menos do que foi gasto há 10 anos.
Consulte aqui o relatório "Estado da Educação 2019" na íntegra