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O Hospital de São João, no Porto, está a equacionar a ativação do nível três do plano de contingência para a Covid-19, devido à "elevadíssima afluência" às urgências da unidade hospitalar.
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"O Gabinete de Crise do CHUSJ [Centro Hospitalar Universitário de São João] reuniu esta tarde e está a ser equacionada a ativação do nível 3 do plano de contingência, que poderá ter implicações na atividade cirúrgica programada face à necessidade de alocar camas a doentes com Covid-19", informa o hospital.
A unidade hospitalar informa que existem "imensos profissionais ausentes por contração do vírus" e em que se regista "uma elevadíssima afluência aos serviços de urgências, com uma taxa de positividade para a Covid-19 acima de 40% em doentes com queixas respiratórias".
"Temos cerca de 80 doentes Internados com Covid-19", esclarece ainda o Hospital de São João.
O plano de contingência contra a pandemia de Covid-19 tem quatro níveis.
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Profissionais infetados provoca "dupla penalização"
O presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Pedro Costa, lembra que o aumento de infeções na população também abrange os profissionais de saúde.
"Não tenho números concretos. O que nós sabemos é que o aumento do número de casos se reflete nos profissionais de saúde. Os profissionais de saúde, acima de tudo, também são pessoas. Têm as suas famílias, têm também condicionantes", explica.
Os profissionais de saúde, tal como o resto da população, tem condicionantes, "nomeadamente a nível familiar e a nível de crianças": "Nós sabemos que existem surtos nas instituições de ensino. E acabamos por ter uma dupla penalização: ao acesso aos cuidados de saúde, em que vamos ter menos profissionais, e uma sobrecarga dos profissionais que não estão infetados."
Pedro Costa compara profissionais de saúde às restantes pessoas.
Já o presidente do Sindicato Independente dos Médicos, Jorge Roque da Cunha, questiona a decisão do fim dos testes gratuitos.
"Como é que o Ministério da Saúde decidiu com os testes gratuitos? Ainda hoje, no meu centro de saúde, essa carência era perfeitamente evidente e tem de se ligar para a Saúde 24 a dizer que se tem um autoteste positivo. Eu faço um apelo para que a senhora ministra da Saúde caia em si e ouça os peritos. Não aqueles que dizem aquilo que a ministra quer ouvir, mas aquilo que nós sentimos na rua", critica.
Ouvido pela TSF, Jorge Roque da Cunha questiona fim dos testes gratuitos
