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O presidente da Câmara de Lisboa disse esta quinta-feira que não há vítimas a lamentar no município devido às inundações, mas adiantou que há "muitos danos materiais", especificamente nos túneis do Campo Grande e Campo Pequeno que encerraram ao trânsito.
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"Há muito tempo que Lisboa não tinha um alerta vermelho, aliás penso que desde 2014 (...), e portanto há muitos danos materiais. Felizmente no município de Lisboa não temos danos em termos de vida humana a considerar. As pessoas foram ajudadas, houve situações aflitivas, mas conseguimos resolver. Como sabemos, do lado de Algés temos a lamentar uma pessoa que faleceu, mas aqui no município de Lisboa (...) temos sobretudo muitos danos materiais", disse Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa numa visita que fez esta manhã à zona de Campo Grande para ver os estragos.
O Túnel do Campo Grande ficou inundado durante a noite e está fechado ao trânsito esta manhã, procedendo-se ao bombeamento da água.
"Ainda não se conseguiu retirar toda a água do Túnel do Campo Grande. A situação é muito complicada", relatava Carlos Moedas, durante a visita que fez à zona do Campo Grande e onde se procedem a trabalhos de limpezas pela Proteção Civil do município.
O Túnel do Campo Pequeno também está intransitável e está a ser alvo de limpezas.
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Em declarações à Lusa, fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP avançou cerca das 10h00 que há várias estradas na zona de Lisboa com o trânsito condicionado por causa dos lençóis de água.
"Temos a Nacional 10, junto a São João da Telha e Santa Iria da Azoia, temos a Nacional 250 junto à localidade de Catujal e Apelação, temos a Nacional 8 desde Frielas até Odivelas, temos a Nacional a Nacional 8 junto ao [espaço comercial] Ikea, em Loures", explicou fonte da PSP.
Segundo Carlos Moedas foram registadas esta quarta-feira "mais de 300 ocorrências em Lisboa", tendo chovido entre as "17h00 e a 01h00, 86 milímetros [cúbicos de água], algo que nunca tinha acontecido".