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Foram identificados em Portugal cinco casos de varíola dos macacos (monkeypox), uma doença viral rara semelhante à varíola, mas geralmente menos grave.
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Segundo um comunicado enviado às redações pela Direção-geral da Saúde (DGS) foram registados em maio mais de 20 casos suspeitos de infeção pelo vírus monkeypox, todos na região de Lisboa e Vale do Tejo.
Entre esses, foram esta quarta-feira confirmados cinco casos pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Todos os doentes são do sexo masculino e quase todos jovens. Estão estáveis, apresentando lesões ulcerativas.
O vírus monkeypox é do género Ortopoxvírus e a doença é transmissível através de contacto próximo com pessoas ou animais infetados ou materiais contaminados. A doença é rara e, habitualmente, não se dissemina facilmente entre os seres humanos, ressalva a DGS.
Os primeiros sintomas incluem lesões ulcerativas, erupções cutâneas e gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, pelo que a DGS aconselha quem registar estes sintomas a procurar aconselhamento clínico e "abster-se de contactos físicos diretos."
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Os profissionais de saúde já foram alertados para o risco, com objetivo de identificarem eventuais casos suspeitos e de os notificarem.
Segundo a BBC, foram recentemente diagnosticadas no Reino Unido quatro pessoas com monkeypox. Isto depois de um primeiro caso no início do mês -- de um cidadão britânico que terá contraído a doença durante uma viagem à Nigéria -- e de outro no dia 14 de maio.
Esta doença zoonótica é em muitos aspetos semelhante à varíola, erradicada em 1979, mas menos transmissível e menos mortal. Ocasionalmente atinge humanos em África, tendo sido reportados casos na República Democrática do Congo, Serra Leoa, Libéria, República Centro-Africana e Nigéria.
As autoridades de saúde apontam a interrupção da vacinação contra a varíola em 1980 como um dos motivos para o aumento recente na incidência.
Macacos e roedores, incluindo mantidos como animais de estimação podem ser portadores de monkeypox e transmitir o vírus a humanos.
A DGS está a acompanhar a situação a nível nacional e em articulação com as instituições europeias.