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Um navio de transporte de combustíveis incendiou-se esta terça-feira ao largo da costa da cidade do Porto e o risco de derrame "está contido", mas "existe sempre", alerta o hidrobiólogo do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) Adriano Bordalo e Sá.
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"O risco existe sempre, mas ele tem estado contido. Há pequenas partes de combustível, não aquilo que ele transporta, mas do sistema da própria navegação, que poderão ter ido parar à água. Mas são pequenos", explicou o investigador à TSF.
Ouça as declarações de Adriano Bordalo e Sá à TSF
Para já não há registo de qualquer derrame, mas o navio transportava gasóleo e combustível para aviação. Apesar da rápida atuação das autoridades, Adriano Bordalo e Sá avisa que o risco ambiental é grande, caso essas matérias se estendam pelo oceano.
"Caindo ao mar, parte dele vai evaporar-se imediatamente. Portanto, nós iremos ter, durante algum tempo, um cheiro nauseabundo a petróleo na zona costeiro. Mas o maior problema são aquelas frações que vão ficar, umas que se afundam, mas aquelas que vão ficar à superfície e que vão isolar, de alguma forma, a coluna de água onde estão os peixes, os moluscos e as algas da atmosfera", descreve o hidrobiólogo.
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Nesse caso, os animais e as plantas marinhas ficariam em risco de vida. Para evitar consequências ambientais, o navio está a ser rebocado para uma zona de segurança.
Existem dois motivos que explicam essa opção: "Para não perturbar o tráfego marítimo, foi para uma zona que está identificada, não tão perto da costa, para que as operações de socorro e emergência possa decorrer com mais segurança. Por exemplo, a ondulação na zona onde está neste momento é menor, mas também no caso de haver algum derrame para haver também algum tempo."
O investigador do ICBAS esteve a acompanhar o incêndio que deflagrou no navio ao largo da Foz do Douro e sublinha a rapidez do socorro prestado à embarcação.