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Uma explosão, seguida de incêndio, num prédio de quatro andares, no centro de Lisboa, provocou um ferido grave e quatro ligeiros, que foram transportados para o hospital de São José, em Lisboa.
Em declarações aos jornalistas, o vereador da Proteção Civil da Câmara de Lisboa, Carlos Castro, adiantou que os quatro feridos ligeiros já tiveram alta hospitalar e que apenas permanece internada a pessoa em estado grave. Segundo a mesma fonte, no prédio residiam nove pessoas.
Num balanço feito às 13h00, o vereador indicou que, afinal, há uma pessoa desaparecida e não duas, como foi indicado ao longo da manhã. "Neste momento, das nove pessoas que viviam no local só falta localizar uma". Carlos Castro adiantou que foi localizado um dos dois moradores dados como desaparecidos e que não se encontrava no edifício aquando da explosão.
No balanço das 13h, Carlos Castro explica que falta encontrar uma pessoa
Ao início da tarde os trabalhos concentravam-se no exterior do edifício, na remoção dos escombros à frente do prédio, para que depois as unidades caninas dos Sapadores de Bombeiros de Lisboa possam iniciar as buscas.
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Carlos Castro esclareceu que o prédio apresenta "muitos riscos" pelo que "não há qualquer tipo de condições de avançarmos com elementos para dentro do espaço".
Numa primeira fase, as buscas vão ser levadas a cabo por uma equipa cinotécnica dos Sapadores de Lisboa. Os cães irão fazer uma busca nos destroços, à procura de eventuais vítimas, e só depois se avaliará a entrada de outras equipas.
Num dos balanços feitos ao longo da manhã, Carlos Castro lembrava que dois fatores "prejudiciais" estavam a dificultar as buscas nos escombros.
"O facto de haver ainda muito fumo e haver também a humidade decorrente da intervenção do apagar das chamas", disse, acrescentando ainda existir material em combustão no interior do edifício, localizados nos números 41 e 42 da Rua de Santa Marta.
O vereador Manuel Castro faz o ponto da situação
De acordo com o comandante dos Sapadores de Bombeiros, Tiago Lopes, os cães vão procurar "identificar se existem pessoas com vida ou não" nos escombros.
"Caso os cães não detetem vida teremos de entrar com a remoção dos escombros de uma forma meticulosa. Vai ser um trabalho muito cuidados porque só podemos mexer uma pedra quando tivermos a certeza que não está ninguém por baixo", adiantou.
O comandante Tiago Lopes explica os procedimentos das buscas
O vereador Manuel Castro adiantou que ainda não são conhecidas as causas da explosão. "Aquilo que nos leva a crer é que ela é decorrente de uma causa de gás mas não há certeza absoluta".
O incêndio foi entretanto dado como circunscrito e não há o perigo de passar para os prédios adjacentes.
Os moradores dos prédios contíguos já foram retiradas e identificadas pelos serviços municipais. Segundo Carlos Castro, foram retiradas 47 pessoas dos edifícios contíguos, que serão avaliados durante tarde, para perceber se há condições para os moradores regressarem.
Carlos Castro fala sobre o apoio que está a ser dado às pessoas que tiveram de ser retiradas do local
Em declarações à agência Lusa, o oficial de dia da PSP indicou que parte da fachada do prédio caiu para a via pública em cima de viaturas.
No local encontram-se mais de 80 operacionais, desde membros de forças de segurança, bombeiros e técnicos municipais de engenharia civil.
De acordo com os Bombeiros Sapadores, o alerta foi dado às 07:48 para uma explosão seguida de incêndio no prédio na Rua de Santa Marta, números 41/42.
* Notícia atualizada às 13h35 com informação sobre os feridos