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O Tribunal Judicial da Comarca de Beja condenou dois irmãos estrangeiros a penas de prisão suspensas, de cinco anos e de três anos e nove meses, por crimes de tráfico de pessoas e auxílio à imigração ilegal, no âmbito de uma investigação conduzida pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Numa nota publicada pela própria autoridade, explica-se que foi considerado provado que, "pelo menos desde 2017, os dois irmãos traçaram um plano para implementar um esquema com vista a captar, aliciar e convencer cidadãos estrangeiros a trabalhar para si, em Portugal, vindos sobretudo da Europa de leste".
Estas pessoas eram depois colocadas em "tarefas agrícolas" no Alentejo, com vista a uma obtenção de lucro, "independentemente das condições de trabalho e de pagamento" a que os trabalhadores estavam sujeitos.
Para levar a cabo estas atividades, os dois condenados, moldavos, constituíram "duas sociedades comerciais unipessoais, utilizando o nome de cidadãs estrangeiras que trabalhavam para si" e que funcionavam como intermediárias no contacto com os proprietários das explorações em que as vítimas eram colocadas a trabalhar.
Por ordem do tribunal, uma das empresas foi dissolvida e a outra está proibida de exercer atividade durante três anos.
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