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Nasceu no dia 30 de março do ano de 1957, em Vila Real de S. António, com vista para Espanha e à beira do Rio Guadiana. Foi criado pela vontade de José Barão, "um jornalista muito conceituado, que escrevia para o jornal O Século", lembra a atual diretora do Jornal do Algarve. "Ele tinha como sonho fazer um jornal regional e não descansou enquanto não o fez", refere Luísa Travassos.
Mais tarde, o seu filho, António Barão, não conseguiu prosseguir o ideal do pai. Então, "um grupo de jovens irreverentes com 20 e poucos anos, em 1983, comprámos o jornal", lembra a diretora.
A publicação, que tenta resistir às agruras porque passa a comunicação social regional, tem, apesar de tudo, assinantes e leitores por todo o mundo. "Desde a Austrália, Estados Unidos, Brasil, Venezuela", enumera Luísa Travassos.
Ao longo da sua história e desde o nascimento, o Jornal do Algarve nunca deixou de ser publicado. A próxima edição sairá no dia seguinte ao aniversário, na quinta-feira, dia 31 de março e será a número 3392.
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Apesar da celebração dos 65 anos o jornal tenta manter-se moderno e, para assinalar a data, será lançada uma nova página online, um site com novo grafismo.
A próxima edição será toda dedicada ao aniversário, lembrando os temas tratados ao longo de todos estes anos e também os colaboradores que já partiram, nomeadamente o seu diretor durante quase 40 anos, Fernando Reis, que faleceu recentemente. Mas a publicação terá também testemunhos de colaboradores que ainda hoje mantêm o seu vínculo ao jornal ou que por ele passaram. "Por exemplo, o Mário Zambujal, imagine, começou no Jornal do Algarve e também temos um depoimento dele", refere Luísa Travassos.
Apesar de ter cada vez menos apoios financeiros, a diretora garante que o Jornal do Algarve é um " resiliente", que insiste em levar mais longe a voz de uma região.