Junho, mês de festa e de risco. Especialistas recomendam dose de reforço e medidas de proteção
Covid-19

Junho, mês de festa e de risco. Especialistas recomendam dose de reforço e medidas de proteção

No Fórum TSF, Manuel Carmo Gomes revela que mortalidade está em mínimos históricos, mas apela à vacinação com dose de reforço, medidas também defendidas pelo bastonário Miguel Guimarães e pelos médicos de Saúde Pública.

O epidemiologista e professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Manuel Carmo Gomes, um dos conselheiros do Governo no início da pandemia, sublinha que a letalidade por Covid em Portugal "está em mínimos históricos". O especialista afirma que, apesar do número elevado de contágios, a mortalidade da doença está "mais baixa" do que na época gripal.

"Não podemos olhar aos óbitos sem ter em atenção o número de casos que houve há semanas atrás. É evidente que quando há mais casos, há mais óbitos. Mas quando nós ponderamos o número de óbitos que tivemos recentemente, neste momento estamos com 0,11% de letalidade, isto é mais baixo que a gripe em época gripal", revela, em declarações no Fórum TSF.

Carmo Gomes revela que Portugal, neste momento, é o país europeu com maior incidência da linhagem BA.5 da variante Ómicron, o que ajuda a explicar o elevado número de casos". Ainda assim, os valores da pandemia revela uma diminuição, que pode, no entanto, ser prejudicada pelas festas e feriados do mês de junho.

Com o aproximar dos ajuntamentos, o matemático da Faculdade Ciências da Universidade de Lisboa sugere às pessoas que ainda não fizeram o reforço vacinal que devem fazê-lo, referindo que menos de 70% das pessoas com menos de 50 anos ainda não fizeram a dose de reforço.

Nas festas de junho, Carmo Gomes recomenda o uso de máscara de forma inteligente para ajudar a quebrar as cadeias de contágio, uma ideia também defendida pelo presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública. No Fórum TSF, Tato Borges salienta a importância do uso da máscara "mesmo ao ar livre".

O médico de Saúde Pública apela às pessoas com sintomas, como dor de cabeça, dores musculares, cansaço, tosse e febre que não menosprezem e não participem nas festividades.

Gustavo Tato Borges não esconde preocupação relativamente à desproteção dos mais velhos. "Se eu disse que o pico parece já ter passado, para a faixa etária dos 80+, continua a haver alguma dúvida se, efetivamente, o pico já passou", sublinha, lamentando a falha na proteção dos mais vulneráveis.

Neste ponto, o bastonário da Ordem dos Médicos frisa que é fundamental apostar na proteção por via vacinal dos mais frágeis e, além disso, de outras pessoas com vários contactos, dando o exemplo de um empregado de mesa.

"É fundamental fazer a dose de reforço porque apesar de a dose de reforço não impedir a infeção, diminui a possibilidade de infeção e protege as pessoas."

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