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Conhecidas as medidas de coação aplicadas a Joe Berardo, que incluem uma caução de cinco milhões de euros e a proibição de sair do país, o advogado de Joe Berardo, Paulo Saragoça da Matta, elogiou esta sexta-feira a conduta do Ministério Público, realçando que fazer justiça "não é só prender pessoas".
À saída do Tribunal Central de Instrução Criminal, o advogado elogiou a postura "extremamente correta, leal e legal"dos magistrados do Ministério Público e classificou as medidas de coação propostas como "lógicas".
"Foi um belíssimo momento de demonstração de que se pode fazer Justiça e que Justiça não é só prender pessoas", comentou Paulo Saragoça da Matta, que assegurou também que vão ser feitas "todas as diligências" para assegurar o pagamento da caução decretada pelo juiz Carlos Alexandre.
"Foi um belíssimo momento de demonstração de que se pode fazer Justiça"
Questionado sobre a forma como vai ser feito esse pagamento - que tem um prazo de 20 dias -, Saragoça da Matta assinalou que há "muitas maneiras" de proceder a esse pagamento.
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"Até pode ser a Santa Casa da Misericórdia, ou qualquer um de vós, que queira fazer o pagamento da caução", acabou por gracejar perante os jornalistas, insistindo que vão ser feitos esforços para o cumprir e reconhecendo que pode haver recurso a bens para essa liquidação.

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Paulo Saragoça da Matta realçou também a "situação muito delicada" em que Joe Berardo se encontra depois de quatro dias detido, reiterando que o empresário deve sair em liberdade ainda esta sexta-feira.
O juiz Carlos Alexandre aplicou uma caução de cinco milhões de euros como medida de coação ao empresário Joe Berardo e de um milhão ao seu advogado André Luiz Gomes, ambos arguidos no processo Caixa Geral de Depósitos (CGD). Os dois arguidos ficaram ainda proibidos de manter contactos entre si e com vários familiares.

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