- Comentar
Juízas, professoras, estudantes, diplomatas, deputadas afegãs mantêm-se na clandestinidade, tentando permanecer ocultas dos olhares dos taliban. Foi em solidariedade com todas as mulheres do Afeganistão que a Liga Feminista do Porto organizou uma concentração para este sábado, dia 21 de agosto.
O evento tem início às 19h00, e ocorrerá em frente à Câmara Municipal do Porto, na Avenida dos Aliados. "Será uma concentração em estilo de vigília, portanto não é uma manifestação", aclara Diana Pinto, presidente da Liga Feminista do Porto, em declarações à TSF.
"O objetivo é reunir um número considerável de pessoas para fazer pressão política sobre os decisores políticos portugueses, para sedimentar aquilo que tem sido o apelo da Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres." O propósito da pressão exercida é fazer com que o Governo português conceda às afegãs e filhas menores asilo político.
Diana Pinto garante que uma das motivações da concentração é a vontade de demonstrar "repúdio" em relação à liderança taliban, que a Liga Feminista do Porto diz não reconhecer.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
Ouça as declarações de Diana Pinto.
A representante da liga aplaude a atenção internacional que governos, líderes políticos e sociedade civil têm vindo a dar às mulheres e raparigas afegãs, mas alerta para a necessidade de não abrandar na luta pela igualdade de género. "A comoção internacional que temos vindo a presenciar nos últimos dias é um sinal positivo e é uma consequência direta das lutas das associações de mulheres, da luta muito dura que a sociedade civil tem vindo a fazer", aponta Diana Pinto, que aponta, ainda assim, exemplos "negativos": a Rússia e a China "legitimaram o regime taliban".
Não parar, não abrandar, exorta a presidente Liga Feminista do Porto, diante das ameaças aos direitos das mulheres.
A concentração em solidariedade com as mulheres afegãs está marcada para sábado, às 19h00, na Avenida dos Aliados, no Porto.