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A ministra da Administração Interna determinou a abertura de um inquérito para apurar os factos relativos à morte do agente Fábio Guerra e a criação de um Programa Especial de Policiamento de Proximidade visando as zonas de diversão noturna.
O ministério de Francisca Van Dunem refere esta quarta-feira em comunicado que pediu, na segunda-feira, à Direção Nacional da PSP a abertura de um inquérito para "apurar os factos relativos ao falecimento do agente Fábio Guerra, com vista à decisão sobre a atribuição de compensação especial por morte aos herdeiros".

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Francisca Van Dunem determinou igualmente a criação de um Programa Especial de Policiamento de Proximidade - denominado Programa Fábio Guerra -, que visa a promoção da segurança e paz e prevenção da criminalidade nas zonas de diversão noturna.
A ministra pede ainda a condecoração, a título póstumo, do agente Fábio Guerra com a Medalha de Serviços Distintos de Segurança Pública.
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Ouça a reportagem de Rute Fonseca
No despacho, Francisca Van Dunem salienta "que o agente Fábio Guerra acabou por falecer na sequência de um ato de generosidade, ao tentar restaurar a paz pública e revelando um superior sentido de missão, merecendo por esse motivo o devido reconhecimento público espelhado, nomeadamente, nestas três ações".
José Gouveia, o presidente da associação nacional de discotecas lembrou, em declarações à TSF, que pedem, já há muito tempo, segurança nos espaços exteriores, incluindo um programa "noite segura", que queriam lançar e esperar que "este seja o último incidente que se registou na noite por falta de policiamento".
Ouça as declarações de José Gouveia, presidente da associação nacional de discotecas
No caso de Paulo Santos, o presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia, disse à TSF que "houve uma gestão pouco racional do governo" com a criação do programa especial.
O presidente também questiona a duração do desdobramento dos agentes e continua "com muitas reservas" em relação ao futuro da profissão.
O agente Fábio Guerra, de 26 anos, morreu na segunda-feira, no Hospital de São José, em Lisboa, devido às "graves lesões cerebrais" sofridas na sequência das agressões de que foi alvo.
Ouça as declarações de Paulo Santos, presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia
A Polícia Judiciária (PJ) deteve na noite de segunda-feira três homens, de 24, 22 e 21 anos, suspeitos do homicídio do agente da PSP e agressões a outros quatro, na madrugada de sábado junto à discoteca MOME, em Lisboa.

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Um dos suspeitos no envolvimento nas agressões, civil, foi terça-feira libertado após ser interrogado pelo Ministério Público, devendo os restantes dois detidos, fuzileiros da Armada, ser interrogados hoje por um juiz de instrução criminal.
Os dois fuzileiros são suspeitos do homicídio do agente e de agressões a outros quatro polícias, na madrugada de sábado, encontrando-se detidos na prisão militar de Tomar.
