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Pela segunda vez esta semana, a secretária de Estado da Administração Interna senta-se à mesa com sindicatos representantes da Polícia de Segurança Pública (PSP). Mas nas reuniões desta quinta-feira há uma sombra de protesto.
Os chefes da Polícia de Segurança Pública entregaram 2300 "cartas de desmotivação" ao Ministro da Administração Interna, para dar conta do estado de alma dos chefes da PSP: sentem-se ignorados, discriminados e até humilhados.
Em declarações à TSF, o presidente do Sindicato Nacional da Carreira de Chefes da PSP, Rui Amaral, explica que "2300 representa o número de efetivos dos chefes da Polícia de Segurança Pública e, portanto, é representativo da totalidade de todo o efetivo".
Rui Amaral fala de "mau estar" entre as chefias da PSP
"Algumas das nossas reivindicações, que ao longo dos últimos anos temos vindo a reivindicar, não têm sido atendidos por parte de nossa tutela. Sendo um posto intermédio, o mau estar que se verifica nesse posto intermédio afeta, naturalmente a, atividade da PSP."
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O facto de em 2022 não ter havido autorização de abertura de concursos para promoções foi a gota de água para o descontentamento dos chefes da polícia, aponta Rui Amaral.
"Não há perspetiva de carreira na Polícia de Segurança Pública"
"Se tivermos em linha de conta que os chefes é a única perspetiva de carreira, ou de progressão, ou de promoção dos agentes, "isto é um fator de desmotivação para quem pensa na eventualidade de ingressar na PSP.