Mais acidentes e menos vitímas mortais nas estradas em 2019

Acidentes rodoviários causaram 472 mortos. Secretária de Estado quer "mais trabalho conjunto das forças de segurança" e lembra que há comportamentos inaceitáveis ao volante.

Distração e excesso de velocidade são as principais causas dos 82 mil acidentes, dos quais resultaram 472 mortos e 2.288 feridos graves.

Os números foram revelados numa conferência de imprensa que juntou PSP, GNR e a secretário de Estado da Administração Interna Patrícia Gaspar, que defende que "é necessário mais trabalho das autoridades para diminuir a sinistralidade", mas "conduzir sob o efeito do Álcool e conduzir enquanto se utiliza o telemóvel são comportamentos inaceitáveis", afirma a governante.

Em comparação com o ano anterior, em 2019 morreram menos 36 pessoas nas estradas portuguesas, mas os acidentes rodoviários e os feridos graves aumentaram, revelou, esta quinta-feira, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), que contabilizou 2.288 feridos graves no ano passado, mais 147 do que em 2018, registando-se também um aumento mais 2.664 acidentes rodoviários, num total de 135.063.

Segundo a ANSR, os dados indicam que, tanto os acidentes como os feridos graves, estão a aumentar desde 2014.

"Apesar desta redução, é necessário que todos os intervenientes na segurança rodoviária, desde os condutores, aos gestores de infraestruturas, às forças de segurança, entre outros, trabalhem em conjunto e para um objetivo comum, de forma a consolidar a diminuição da sinistralidade rodoviária até ao único número aceitável de vítimas mortais, que é zero", disse o presidente da ANSR, Rui Ribeiro, sustentando que "a sinistralidade rodoviária não é uma fatalidade e pode ser evitada".

Rui Ribeiro justificou a descida das vítimas mortais com o comportamento dos condutores, qualidade das infraestruturas e por uma consciencialização de que a sinistralidade rodoviária é "um problema que tem de ser abordado por todos os setores da sociedade".

Questionado sobre se o número de mortos pode vir a aumentar quando forem contabilizadas as vítimas mortais a 30 dias, o presidente da ANSR afirmou que irá aguardar pelos resultados definitivos, mas que "a expectativa é que mantendo-se os mesmos rácios de vítimas mortais por ferido grave, em princípio, continuará abaixo do número que se verificou no ano passado".

Metade dos condutores sob efeito de álcool

A ANSR indicou também que foram fiscalizados 12,8 milhões de condutores no ano passado, que resultaram em 1,4 milhões de infrações e a detenção de 27.216 condutores, 14.999 (55%) dos quais por excesso de álcool.

As forças de segurança registaram igualmente 661.799 infrações por excesso de velocidade, 56.026 por falta de inspeção, 34.333 por falta de seguro e 33.814 por uso do telemóvel ao volante.

Na conferência de imprensa foi ainda feito um balanço das operações que a PSP e a GNR estão a fazer durante o período do Natal e Ano Novo, que registaram, entre 18 de dezembro e 01 de janeiro, 15 vítimas mortais, menos 14 face ao período homólogo de 2018.

"Em linha com esta redução, também o número de feridos graves e ligeiros diminuiu em 9% e 17%, respetivamente, embora se tenham verificado mais 396 acidentes, um aumento de 7% face ao ano anterior", disse o presidente da ANSR.

As operações de Natal e Ano Novo terminam no domingo.

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