Bombeiros esperam dia "profícuo" no combate às chamas em Odemira

O combate ao incêndio, que mantém uma frente ativa, tem estado a ser dificultado pelo vento e pelos acessos difíceis.

Mais de 650 operacionais combatem o fogo que começou na quarta-feira no concelho de Odemira, distrito de Beja, e entrou na zona de Monchique, no Algarve, começando a ver-se resultados, disse à Lusa fonte da Proteção Civil. A noite ajudou os bombeiros, mas Miguel Oliveira, oficial de operações do Comando Nacional de Operações de Socorro, diz que ainda há muito trabalho pela frente.

"O incêndio continua ativo com uma frente (...) e boa parte do incêndio encontra-se consolidado", sustenta.

A perspetiva "é animadora" para Miguel Oliveira que espera que o dia seja "tão profícuo como a noite".

"O resultado do trabalho dos mais de 600 operacionais no terreno começa a ver-se", com o fogo a "começar a ceder ao combate", mas "ainda há muitas horas de trabalho pela frente", "com pontos sensíveis e locais onde não é possível atuar", disse à Lusa, pouco antes das 05h30, o comandante Pedro Araújo, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Horas antes, a mesma fonte tinha adiantado à Lusa que o incêndio, que "continua por dominar e a evoluir em duas frentes", poderia vir a alastrar ao concelho de Silves, no distrito de Faro, depois de já ter passado para a zona de Monchique e obrigado a retirar 17 pessoas nos três concelhos.

"O incêndio já atinge parte do concelho de Monchique e [os operacionais] estão a trabalhar no sentido de o incêndio não entrar no concelho de Silves. Não há garantia de que isso não venha a acontecer, mas trabalham nesse sentido", disse o comandante.

O responsável precisou ainda que "não há, neste momento, previsão da necessidade" de retirar mais pessoas das zonas ameaçadas pelo incêndio, além das 17 pessoas já deslocadas.

No local, 676 operacionais, apoiados por 232 veículos, combatem atualmente as chamas, de acordo com o portal da ANEPC.

As chamas já fizeram um ferido grave, um civil de 20 anos que sofreu queimaduras e foi transportado para o hospital, tendo ainda um bombeiro sido assistido no local, por ter sofrido uma entorse, disse anteriormente à Lusa fonte da ANEPC.

Os bombeiros receberam às 13h14 de quarta-feira o alerta para o fogo, que começou perto do lugar de João Martins, na freguesia de Sabóia, no concelho de Odemira.

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