Mais de dois mil militares das Forças Armadas já foram vacinados

O Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas explicou que 1500 militares se preparam para receber a vacina nos próximos dias.

As Forças Armadas já vacinaram mais de dois mil militares, no combate à pandemia. Numa audição na Assembleia da República, o Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante António Silva Ribeiro, referiu que a segunda fase da pandemia foi complexa para os militares.

"Fomos afetados, fruto do esforço que tivemos de fazer nas ações de apoio à pandemia, uma percentagem de infeções superior à que existe na sociedade civil", lamentou.

Cerca de 1600 militares estiveram indisponíveis por contrair a doença, na segunda fase da pandemia. Na República Centro Africana, 80 militares ficaram infetados.

O almirante António Silva Ribeiro explicou que, ao longo da semana, mais 1500 militares vão receber a vacina. "A vacinação está a correr bem. Ontem tínhamos 2200 militares vacinados, e esta semana vamos vacinar mais 1500. As forças nacionais destacadas estão entre as prioridades. À medida que as forças vão sendo rodadas, vamos colocando o pessoal vacinado no terreno", explicou.

O Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas explicou ainda que tem recebido "vários pedidos, de camas, voluntários, transportes, infraestruturas, formação, desinfeção, hospitalizações". "Em 325 pedidos, já satisfizemos 323. Os dois em falta são cedências de espaço para vacinação e distribuição de bens", disse.

O responsável referiu também as "ações de sensibilização e formação" solicitadas pelo Ministério do Trabalho e Segurança Social para 2772 lares, adiantando que 2.176 já foram executadas, assim como as sessões virtuais de formação, num total de "70 para 32 entidades", abrangendo "574 pessoas, através da Direção de Saúde Militar.

"Sobre doentes do SNS, no Hospital das Forças Armadas,, tínhamos 96 camas de internamento e cinco de cuidados intensivos, no polo de Lisboa. Aumentámos mais 147 camas de internamento e mais dez de cuidados intensivos, só para Covid-19. No Porto, havia 74 camas. Há mais 57 e já lá foram tratados 431 doentes do SNS", afirmou.

Silva Ribeiro adintou ainda que os militares já realizaram mais de 188 mil inquéritos, que envolveram 334 mil contactos.

Questionado sobre a liderança do almirante Gouveia e Melo no plano de vacinação, António Silva Ribeiro garantiu que nada o surpreendeu.

"Os militares e os oficiais desenvolvem duas competências muito apuradas: liderança e gestão. Depois, transportam para os trabalhos todos os processos de preparação e tomada de decisão. Foi isso, foram essas competências que o almirante Gouveia e Melo levou para a task force", destacou.

O Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas apontou ainda os quadros militares no como um apoio fundamental "para que tudo decorra com normalidade" na vacinação. Há sete elementos das Forças Armadas na task force e 30 militares a colaborar no plano de vacinação.

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