Mais de metade das vagas no INEM ficou por preencher em 2022. Lisboa é o caso mais grave

Das 125 vagas anunciadas para técnicos de emergência pré-hospitalar, apenas 61 profissionais assinaram contrato com o INEM.

Mais de metade das vagas do concurso aberto no ano passado para técnicos de emergência hospitalar ficou por preencher. O caso é mais grave em Lisboa, onde o custo de vida agasta os candidatos.

O concurso aberto pelo INEM anunciava 125 vagas para técnicos de emergência pré-hospitalar mas, findo o prazo, apenas 61 profissionais acabaram por assinar contrato com o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

O Jornal de Notícias escreve que o procedimento terminou em dezembro. Setenta e sete candidatos foram aprovados, mas 16 não aceitaram as condições, depois de terem estado meses a prestar várias provas. Dos 61 que, desde o início de janeiro, estão a fazer a formação em técnicos de emergência pré-hospitalar, alguns acabarão por ficar pelo caminho, como sempre sucede nestes casos.

E se no geral a situação é já preocupante, em Lisboa torna-se ainda mais dramática. O JN revela que o concurso para a capital ficou muito longe das expectativas.

As vagas disponíveis eram 75, mas apenas 18 foram ocupadas. O alto custo de vida em Lisboa é um entrave à contratação destes profissionais, que, à entrada, têm um ordenado bruto de pouco mais de 860 euros. Com as rendas elevadas que se praticam na capital portuguesa, muitos acabam por se afastar ou procurar ofertas mais vantajosas, como os bombeiros e a Cruz Vermelha, onde se ganha mais.

Em resposta ao Jornal de Notícias, o INEM revelou que, nos últimos anos, mais de 80 técnicos deixaram o INEM logo após o final do tempo experimental ou não concluíram com sucesso a formação.

A TSF já contactou o INEM e o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, mas até agora não obteve resposta. O Ministério da Saúde adiantou também à TSF que vai averiguar a situação.

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