Mais dois pediatras para o Garcia de Orta, mas urgências mantém-se fechadas

Ministra da Saúde anuncia duas contratações de especialistas, mas são apenas um reforço. Marta Temido sublinha que são precisos, pelo menos, mais cinco para reabrir urgências pediátricas à noite.

Foi anunciado como uma "boa novidade", mas, afinal é apenas uma meia boa notícia. Há um reforço de dois pediatras no Hospital Garcia de Orta, em Almada, mas o número não é suficiente para reabrir as urgências noturnas de pediatria.

"Para já, este reforço de dois pediatras é apenas um reforço da equipa que não permite ultrapassar ainda a situação", afirma a ministra da Saúde aos jornalistas depois do debate onde se dirigiu aos parlamentares anunciando a contratação de dois recém-especialistas.

Ainda assim, o reforço não é suficiente e, num caso, nem imediato. "Estas profissionais, uma delas tem ainda de dar um pré-aviso no hospital privado do qual se desvincula e, por isso, o início não é imediato", nota a governante.

"Estamos em crer que o desafio que vamos fazer a 11 especialistas que terminaram a sua formação agora nesta época possa contribuir para o resultado que precisamos: ter cinco a sete pediatras para reabrir a urgência noturna com total tranquilidade", diz ainda a ministra da Saúde.

Fixação de especialistas

No debate, Marta Temido foi também confrontada com a questão da fixação de médicos no serviço nacional de saúde, tendo respondido que "os médicos não são amarrados ao SNS, eles lutam por uma vaga para fazer a formação especializada no SNS".

Marta Temido sublinha que o problema que tem em mãos é "garantir mais vagas para a formação especializada" e é nisso que a tutela está apostada.

Aos microfones dos jornalistas, já depois do debate, a ministra sublinha que o tema da "dedicação plena dos profissionais" é um trabalho que está a ser desenvolvido, no entanto, o foco nesta altura está no orçamento do Estado para 2020.

Ainda assim, Marta Temido adianta que "há vários cenários e hipóteses que estão em análise internamente" e que há "várias formas de abordar a dedicação plena". Entre elas, a questão dos incentivos ou de avançar com a medida para alguns grupos profissionais em primeiro lugar. No entanto, essa discussão, parece que não vai avançar para já.

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