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Os concelhos que deram um passo atrás no plano de desconfinamento vão receber um reforço de vacinas, anunciou esta segunda-feira o secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes.
"Os concelhos que tiveram que recuar no desconfinamento vão ser privilegiados, digamos assim, em termos de vacinação e ter um maior número de vacinas alocadas para que a pandemia seja mais rapidamente controlada", garantiu o governante.
Diogo Serras Lopes visitou o centro de vacinação de Portimão, uma das localidades que nesta altura tem um dos rácios mais elevados de infeção. O centro entrou hoje em funcionamento, mas já estava pronto para abrir portas desde o início de março.
A presidente da câmara de Portimão já tinha criticado o facto de estas instalações não serem postas ao serviço, mas o secretário de Estado alega que só agora há o número de vacinas suficientes para isso acontecer.
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"Em março estávamos nas 20 mil vacinas por dia, porque eram as vacinas que nos chegavam, mas nestas últimas semanas já temos estado nas 60 mil vacinas diárias, em média", afirma. O objetivo do Ministério da Saúde é poder administrar cerca de 100 mil vacinas ao dia.
No Centro de Vacinação de Portimão será possível vacinar mil pessoas por dia. Diogo Serras Lopes mostra-se otimista e acredita que, se a vacinação no país continuar a este ritmo, Portugal poderá chegar à imunidade de grupo mais cedo.
"A ideia é atingir a imunidade durante o verão, mas há algumas indicações de que pode ser mais no início do que no final."

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Respondendo às críticas sobre o facto de o Algarve estar com níveis de vacinação abaixo de outras zonas do País, o secretário de Estado da Saúde salienta que "as diferenças que existem nesta altura têm a ver com a estrutura etária" de cada região.
"O Alentejo e o Centro têm mais população vacinada porque têm mais população idosa", esclarece.
Quanto à vacina da Johnson& Johnson, Serras Lopes espera apenas que a Direção Geral de Saúde saia com a norma para que ela possa começar a ser aplicada na população.