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Uma máquina giratória, com pinça demolidora de grande alcance (possui um braço que atinge 38 metros de altura), chegou esta manhã a Viana do Castelo, para concretizar a parte de "demolição pesada" do Edifício Jardim (vulgarmente conhecido por Prédio Coutinho em alusão ao seu construtor já falecido Fernando Coutinho).
O equipamento chegou em duas peças, perto das 07h00, junto ao imóvel de 13 andares, e será montado ao longo do dia para iniciar os trabalhos, em princípio na próxima segunda-feira. A conclusão da "desconstrução" do edifício está prevista para final de março de 2022.
Até agora, decorreu o desmantelamento dos interiores das 105 frações do edifício, com retirada à mão de todos os materiais e recheio, desde portas e janelas a caixilharias, louças sanitárias, madeira e vidro.
Segundo adiantou esta manhã à TSF o diretor da obra, João Passos, essa fase de obra está praticamente concluída.
Ouça as declarações de João Passos.
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"No decorrer da próxima semana, entre segunda e terça-feira, iremos dar início à demolição do Bloco 3, que é o mais pequeno do edifício e seguidamente, passaremos aos blocos 1 e 2", declarou.
O esqueleto do prédio será demolido, piso por piso, desde o topo até ao solo, num sistema idêntico ao que foi utilizado para demolir uma das torres do Bairro do Aleixo.
Para concretizar a operação, a sociedade Viana Polis alargou o perímetro de segurança ao redor do edifício e cortou o trânsito na rua fronteira. A obra foi adjudicada à empresa Baltor (Viana do Castelo), pelo valor de 1,2 milhões de euros.
Em agosto, o Ministro do Ambiente, Matos Fernandes, declarou que após demolição do polémico imóvel, construído no início da década de 70 em pleno centro histórico, Viana poderá candidatar-se a património da Unesco.
A demolição do Edifício Jardim foi anunciada em junho de 2000, no âmbito do programa Polis. Avançou formalmente em agosto de 2021, com primeiros trabalhos preliminares.