Medidas de contenção podem ser tomadas mais rapidamente "com base no novo indicador"

A nova matriz de risco proposta pela Ordem dos Médicos e pelo Instituto Superior Técnico tem em conta a gravidade da doença, através do número de internamentos e mortes.

O coordenador do gabinete de crise da Ordem dos Médicos para a pandemia, Filipe Froes, defende que o novo modelo permite a tomada de medidas de contenção de forma mais rápida.

Na sessão de apresentação da nova matriz de risco, Filipe Froes explica que "as medidas a implementar a nível legislativo, social, económico, médico e clínico", poderão ser decididas "com base precisamente neste indicador do estado da pandemia e do impacto na saúde".

Por outro lado, o infecciologista propõe mais rapidez nas áreas que mais podem ajudar nesta altura: vacinas, testes e pesquisa de novas estirpes do vírus. Filipe Froes indica que "os testes de diagnóstico nos indivíduos sintomáticos têm que ser feitos com maior precocidade, idealmente nas primeiras 12 horas".

"A sequenciação genómica das variantes é uma medida que tem que acompanhar sempre desde o nível zero até ao nível máximo", afirma, sublinhando que as atenções devem estar centradas "precisamente nas situações que dão mais informação, como os indivíduos que estão vacinados e que se infetam, nos indivíduos que tiveram infeção e que se voltam a infetar e monitorizar os imunodeprimidos, porque muitas vezes são a origem das variantes".

Depois de ter considerado que a atual matriz não é suficientemente completa, em declarações esta manhã no Fórum TSF, o bastonário Miguel Guimarães explicou que a Ordem dos Médicos desenvolveu, em parceria com o Instituto Superior Técnico, uma nova matriz que inclui outros indicadores e que engloba a gravidade da doença, além dos dados relativos à incidência e transmissibilidade.

Miguel Guimarães adiantou ainda, em conferência de imprensa, que esta nova matriz poderá ser usada, em breve, por qualquer pessoa.

"Qualquer pessoa pode ir lá e verificar em que ponto estamos", afirmou, explicando que "é só colocar os dados que a DGS publica diariamente, o Rt, a incidência, os internamentos em enfermaria, os internamentos em cuidados intensivos e também os óbitos". Posteriormente, é obtido um valor, "o indicador global que permite saber, em cada circunstância, em que fase estamos relacionado com aquilo que é a gravidade da situação".

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