Megaoperação da PJ visa grupo de comunicação social por suspeitas de corrupção. Há quatro detidos

Um dos detidos será Jacques Rodrigues, presidente do grupo Impala.

A Polícia Judiciária (PJ) levou a cabo esta quinta-feira uma megaoperação com mais de 30 buscas que investiga suspeitas de corrupção que lesaram os credores, incluindo o Estado, em cem milhões de euros.

Segundo avança a PJ em comunicado, foram executados 32 mandados de busca (oito buscas domiciliárias e vinte e quatro buscas não domiciliárias) e detidas quatro pessoas. Outros dez suspeitos foram constituídos arguidas.

Segundo a CNN Portugal, os detidos são Jacques Rodrigues, presidente do grupo de comunicação social Impala, que integra títulos como as revistas Nova Gente, Maria ou TV 7 Dias, o filho do empresário, um advogado e um revisor oficial de contas.

À TSF, fonte oficial da PJ não confirma a identidade dos suspeitos detidos nem se as buscas abrangeram a sede da Impala, referindo apenas que a operação designada "Última Edição" visa "empresas com atividade no domínio da Comunicação Social".

Em causa estão suspeitas de corrupção passiva, corrupção ativa, insolvência dolosa agravada, burla qualificada e falsificação ou contrafação de documentos.

A PJ fala de "um plano criminoso traçado para, entre o mais, ocultar a dissipação de património, através da adulteração de elementos contabilísticos de diversas empresas, em claro prejuízo de diversos credores, v.g., os trabalhadores, fornecedores e o Estado, estando reconhecidos créditos num valor total de cerca de cem milhões de euros".

Isto quando a grupo Impala tem há vários anos litígios em tribunal por créditos salariais devidos a ex-trabalhadores.

A PJ salientou também a "forte indiciação" do desvio do dinheiro "para fora do território nacional, num montante global que ascenderá a largas dezenas de milhares de euros".

Ação policial desenvolveu-se em Lisboa, Sintra, Cascais, Oeiras, Amadora, Santo Tirso, Porto, Matosinhos e Funchal.

Os detidos serão presentes no Tribunal de Instrução Criminal de Sintra, para aplicação de medidas de coação tidas por adequadas.

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