Militares suspeitos de tráfico. Porta-voz da ONU soube da denúncia pela imprensa

Estado-Maior-General das Forças Armadas referiu que alguns militares portugueses em missões da ONU podem ter sido utilizados como "correios no tráfego de diamantes".

Vladimiro Monteiro, porta-voz da missão da ONU na República Centro-Africana, assegura que só soube do caso de militares em missão externa suspeitos de tráfico de diamantes pelas notícias dos jornais.

"A Minusca tomou conhecimento através da imprensa, no dia 8 de novembro de 2021, das alegações relativas aos militares portugueses que estiveram destacados no passado cá na República Centro-Africana. A Minusca está disposta a apoiar qualquer pedido das autoridades portuguesas através da sede, em Nova Iorque. É tudo o que podemos dizer em relação a este assunto", explicou Vladimiro Monteiro.

Num comunicado sobre a Operação Miríade, o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) referiu que alguns militares portugueses em missões da ONU na República Centro-Africana podem ter sido utilizados como "correios no tráfego de diamantes", adiantando que o caso foi reportado em dezembro de 2019.

Na terça-feira, em Cabo Verde, Marcelo Rebelo de Sousa relatou que o ministro da Defesa lhe tinha explicado que "na base de pareceres jurídicos tinha sido entendido que não devia haver comunicação a outros órgãos, nomeadamente órgãos de soberania, Presidência da República ou Parlamento".

Na quarta-feira, interrogado se compreende o enquadramento jurídico-constitucional para esta decisão, o Presidente da República respondeu: "Eu disse ontem [terça-feira] apenas os factos. Eu não quero comentar".

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