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A ministra da Saúde, Marta Temido, indicou, este domingo, que os lares e residências de idosos onde forem confirmados casos de Covid-19 devem isolar os utentes infetados e pediu à comunidade que seja solidária e encontre respostas para estas pessoas.
Na conferência de imprensa diária feita pelo Ministério da Saúde e pela Direção-Geral da Saúde (DGS), a ministra lembrou que os idosos infetados pelo novo coronavírus devem estar fisicamente separados dos restantes.
"Se a residência não tiver condições, têm de se criar espaços alternativos na comunidade", afirmou Marta Temido, apelando à solidariedade da comunidade para encontrar respostas para estes idosos. "Hoje, como nunca, a solidariedade entre todos é essencial e não podemos nem queremos deixar ninguém abandonado à sua sorte", referiu.
A ministra apontou também como resposta a utilização do sistema "trace Covid-19", uma plataforma que permite que os utentes sejam seguidos durante a doença.
"É um sistema que ainda está a ser melhorado e afinado. Permite apoiar os profissionais de saúde, que seguem os doentes onde quer que estejam", adiantou Marta Temido.
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Também quem está infetado pelo novo coronavírus mas ainda em casa deve manter-se isolado e tomar medidas de proteção para com os que estão à sua volta.
"Se sentirem agravamento do seu quadro clínico, contactem o SNS 24", recomendou a ministra.
Já quanto à potencial propagação do vírus nas prisões portuguesas - onde também está uma grande parte da população mais vulnerável - a ministra da Saúde garante que está a avaliar a situação, em articulação com o Ministério da Justiça.
"Da nossa parte há uma coordenação de apoio às populações vulneráveis, reclusos e funcionários dos estabelecimentos prisionais. O que vamos fazer é seguir, muito de perto, estes casos. Todos sabemos que estamos a falar de espaços que têm características próprias e precisam também de medidas próprias", disse a ministra.
Foram confirmadas, até ao momento, 119 mortes por Covid-19 e, nas últimas 24 horas, foram detetados 792 novos casos de contágio, elevando para 5962 o número total de pessoas infetadas pela doença em Portugal, segundo o último boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde.