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O ministro da saúde está preocupado com o aumento dos tempos de espera para uma consulta ou cirurgia, os problemas nas urgências dos hospitais e a falta de médicos de família.
Indicadores da Entidade Reguladora da Saúde sobre os primeiros seis meses do ano não são animadores, mas em declarações no Fórum TSF Manuel Pizarro mostra-se confiante na "estabilização" destes resultados quando se fizer o balanço de todo o ano de 2022.
O Natal e Ano Novo podem motivar constrangimentos nas urgências hospitalares, admite o ministro, prometendo transparência e eficácia na comunicação de quaisquer problemas.
"Admito que, com os constrangimentos que temos hoje, num caso ou noutro possa ter que haver unidades que não estão em funcionamento todos os dias neste período entre o Natal e o Ano Novo, mas teremos com clareza um mapa do que que vai acontecer. Daremos essa informação, estará acessível ao grande público e também estará claro quais são os mecanismos de referenciação alternativa na rede do SNS", promete Manuel Pizarro.
"Nós até ao final desta semana teremos um balanço absolutamente claro da situação em todas as urgências do país, em todas as áreas, e sobretudo o que queremos assegurar uma total previsibilidade do sistema."
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Ouça aqui as declarações de Manuel Pizarro no Fórum TSF
O ministro da Saúde considera que a falta de médicos de família é uma situação grave, mas deixa uma promessa para 2023: "estamos a preparar um vasto conjunto de iniciativas de promoção da aceleração da transformação das unidades de saúde familiar no chamado modelo B - modelo em que a remuneração dos profissionais está associada ao desempenho" que terá como efeito "reduzir o número de pessoas sem equipa de saúde familiar".
Além disso, o Governo está "a preparar mecanismos para atrair médicos de medicina geral familiar de outras regiões do país para as regiões mais carenciadas, nomeadamente para Lisboa e vale do Tejo", aponta Manuel Pizarro.
Por outro lado, o ministro deixa a ressalva: "não quero prometer o que não é possível. Não há uma bala mágica que resolva esta dificuldade de um dia para o outro."
Sobre a cooperação com os privados, o ministro da Saúde defende que privados e público devem ser complementares, não concorrentes, desde que exista capacidade de resposta dos primeiros.
Consulte aqui os tempos médios de espera do Serviço Nacional de Saúde