Misericórdias defendem testes à imunidade a utentes dos lares

Manuel Lemos sugere ainda que se comece a avaliar a necessidade de uma terceira dose da vacina, como já foi decidido em alguns países.

O presidente da União das Misericórdias Portuguesas defende que os utentes dos lares deviam fazer testes à imunidade à Covid-19. Em declarações ao Diário de Notícias, Manuel Lemos dá o exemplo de um lar em Proença-a-Nova, onde um surto da Covid-19 infetou 127 pessoas, apesar de todos os utentes e funcionários estarem vacinados com as duas doses.

Para Manuel Lemos, está na hora de se começar a fazer testes à imunidade dos utentes dos lares, sobretudo aos que foram vacinados há mais de seis meses. Na perspetiva do presidente da União de Misericórdias, só assim se conseguirá perceber se estes utentes ainda têm anticorpos suficientes contra o coronavírus.

Manuel Lemos sugere ainda que se comece a avaliar a necessidade de uma terceira dose da vacina, como já foi decidido em alguns países.

O presidente da União das Misericórdias sublinha que há incógnitas que só os cientistas podem explicar. O certo é que o surto num lar em Proença-a-Nova, detetado esta quinta-feira, levanta várias questões. Todos os utentes e funcionários estavam vacinados com as duas doses, mas 127 testaram positivo ao coronavírus. Um dos utentes acabou mesmo por morrer.

Manuel Lemos adianta ao Diário de Notícias que as pessoas deste lar foram das primeiras a serem vacinadas, logo em dezembro. E, por isso, admite que a imunidade tenha baixado, quando já passaram mais de seis meses.

O presidente das Misericórdias revela que alguns lares já fizeram testes de imunidade aos utentes e os resultados foram muito díspares. Enquanto alguns tinham cerca de 80% de anticorpos, outros tinham apenas cerca de 10%.

Manuel Lemos realça que, se é assim numa população vacinada há mais tempo, estamos a correr riscos.

No mesmo plano, o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, Lino Maia, também defende que seja feita "uma bateria de testes", seis meses depois de os utentes serem vacinados.

Até à passada segunda-feira, havia 53 surtos ativos nos lares, com 829 infetados. A região de Lisboa e Vale de Tejo era a mais afetada, com mais surtos e mais casos positivos.

A task force da vacinação avança ao Jornal de Notícias que estão por vacinar nos lares cerca de mil utentes e 2100 funcionários.

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