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Morreu o agente da PSP que estava em coma desde sábado no hospital de São José, em Lisboa, após ter sido agredido à porta de uma discoteca, confirmou, esta segunda-feira, a Polícia de Segurança Pública.
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"Na sequência dos factos referidos no comunicado de 19 do corrente mês, do Comando Metropolitano de Lisboa, a Polícia de Segurança Pública (PSP) informa, com pesar e dor, que, na sequência das agressões de que foi vítima em 19 de março de 2022, em ação policial, o Agente Fábio Guerra da PSP, faleceu hoje pelas 09h58, vítima das graves lesões cerebrais que sofreu", pode ler-se num comunicado enviado às redações.
A PSP acrescenta que continuam em curso "todas as diligências, em coordenação com a Polícia Judiciária, visando a identificação e detenção de todos os autores das agressões", que resultaram na morte de Fábio Guerra, de 26 anos.
"O agente Fábio Guerra honrou, até às últimas consequências, a sua condição policial e o seu juramento de "dar a vida, se preciso for", num gesto extremo de generosidade e sentido de missão. Disso nunca nos esqueceremos", diz ainda a PSP, expressando os "votos de pesar, apoio e solidariedade" à família e amigos.

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Num comunicado divulgado no sábado, a PSP referia que o incidente ocorreu na madrugada desse dia, pelas 06h30, "no exterior de um estabelecimento de diversão noturna, na Avenida 24 de Julho", tendo começado com agressões mútuas entre vários cidadãos.
Segundo relatou a PSP, no local encontravam-se "quatro polícias, fora de serviço, que imediatamente intervieram, como era sua obrigação legal", acabando por ser agredidos "violentamente" por um dos grupos, formado por cerca de 10 pessoas.
Durante a ação policial, um dos polícias foi "empurrado e caiu ao chão, onde continuou a ser agredido com diversos pontapés, enquanto os restantes polícias continuavam também a defender-se das agressões", adianta a PSP.
De acordo com a polícia, os agressores colocaram-se em fuga e não foi possível a sua identificação.
"Salientamos que os polícias, apesar de não estarem em serviço, não deixaram de intervir, cumprindo com a sua condição policial, tentando manter a ordem pública a integridade física dos concidadãos que servimos", realçou a PSP.
A PSP disponibilizou acompanhamento psicológico através da sua Divisão de Psicologia, aos polícias agredidos e aos seus familiares.
A PSP apelou às pessoas que frequentam as áreas de diversão noturna para que adotem comportamentos ordeiros e que evitem confrontos e agressões, pois colocam em perigo a integridade física e a vida de terceiros.
Também no sábado, a ministra da Administração Interna (MAI), Francisca Van Dunem, manifestou "preocupação face à brutalidade e violência da agressão" contra os polícias, classificou tais atos de "intoleráveis" e prometeu um "rápido apuramento dos factos".
* Notícia atualizada às 12h13