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A ministra da Saúde, Marta Temido, revelou estar muito preocupada em relação à nova variante do coronavírus detetada na África do Sul. Para já, o Governo está muito atento às informações que estão a ser partilhadas sobre este assunto.
"Acompanhamos com muita preocupação. Sabíamos que o pior cenário poderia transformar-se num cenário bastante complexo se surgissem novas variantes que escapassem à proteção das vacinas", explicou Marta Temido em declarações aos jornalistas, em Coimbra.
Ouça as declarações da ministra da Saúde
Num momento em que o país está a duplicar o número de casos e o risco de transmissão efetivo é muito elevado, a responsável pela pasta da saúde pede que as pessoas se vacinem e se testem.
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"Apesar de estar vacinado posso ter infeção e transmiti-la. É muito importante que as pessoas se testem para saber o seu estado e, sobretudo, para proteger os outros. Há vários tipos de testes, alguns deles pagos a 100% pelo Estado português, que são quatro testes gratuitos a cada mês. Depois, em algumas circunstâncias, as pessoas poderão fazer autotestes, que hoje se encontram disponíveis para venda em grandes superfícies, além de espaços de farmácia. É muito importante que cada um possa utilizar as medidas complementares", afirmou a ministra da Saúde.
Os testes PCR são reconhecidos durante 72 horas e os testes rápidos de antigénio por 48 horas, mas os autotestes não têm uma marca de temporalidade. São para o momento em que são feitos.

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"É um teste mais caseiro, de utilização individual e simples. Deteta como a pessoa está naquele momento, é uma informação", esclarece Marta Temido.
Para as visitas a lares e hospitais vai ser necessário fazer um teste PCR ou antigénio. Os autotestes não serão válidos nestes casos.
A alteração das medidas no âmbito da pandemia da Covid-19 foi aprovada em decreto-lei, em Conselho de Ministros.

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O Governo esclareceu ainda que o uso de máscara passa a ser obrigatório em espaços, equipamentos e estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços (independentemente da respetiva área), edifícios públicos ou de uso público onde se prestem serviços ou ocorram atos que envolvam público, estádios desportivos e edifícios em que se localizem as portas de entrada ou os cais de embarque, acesso ou saída no âmbito da utilização de transportes coletivos de passageiros e transporte aéreo.
O primeiro-ministro, António Costa, explicou na quinta-feira são precisas novas medidas devido à pandemia porque, apesar da vacinação e da situação melhor do que a generalidade da Europa, o país "não está tão bem" quanto aquilo que queria estar.