Mulheres são "um fardo" para as empresas? Sindicatos alertam para desigualdade no mercado de trabalho

No Dia Internacional da Mulher, CGTP e UGT lembram que ainda há muito a fazer para garantir paridade no mercado de trabalho.

Há milhares de mulheres em Portugal que trabalham à noite e por turnos - a lei tem de mudar, defende Fátima Messias, coordenadora nacional da Comissão para a Igualdade Mulheres e Homens da CGTP, no Fórum TSF.

"Somos um país que tem 843.000 mulheres que trabalham por turnos, ao fim de semana e à noite, o que dificulta bastante a conciliação" entre a vida profissional e a vida pessoal e familiar.

"A legislação tem que ser alterada no sentido de favorecer o emprego seguro e estável e não a precariedade, que é uma antecâmara do desemprego."

Além disso, considera Fátima Messias, "contratação coletiva tem de ser efetivada para que haja aumento geral dos salários para todos" e acabar com desigualdades entre homens e mulheres.

Cristina Trony, presidente da Comissão de Mulheres da UGT, acrescenta que em muitas áreas é possível assistir a "retrocessos" nos direitos das mulheres.

"As mulheres continuam a ser um fardo para as empresas e não uma mais-valia de empresas", lamenta. "Temos ainda muito, muito, para fazer e não podemos baixar os braços."

E "Não basta falar", alerta Cristina Trony, "tem que haver políticas" que contribuam para minimizar a desigualdade salarial.

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