"Ninguém tem a ilusão de que num ano vamos ensinar o que pode ter ficado para trás em três"

Em declrações à TSF, o secretário de Estado defende uma intervenção "cirúrgica" dos professores e realça a necessidade de dotar os alunos de competências essenciais para adquirir e compreender informação.

O Governo vai apostar na recuperação de aprendizagens durante o ano letivo que agora começa, mas admite que há conhecimentos que vão mesmo ficar para trás. No final de uma semana que ficou marcada pela reabertura de grande parte das escolas, o secretário de Estado Adjunto e da Educação, João Costa, defende que a atuação dos professores deve ser "cirúrgica".

"Num terceiro ano em que estamos a viver com pandemia, ninguém tem a ilusão de que vamos, num ano, ensinar tudo o que pode ter ficado para trás em três", alerta o governante. Identificar áreas de competência que "não podem mesmo ficar para trás" é um trabalho que tem vindo a ser feito e, por isso, o plano começa por atuar sobre "a leitura e a escrita, claramente fundamentais para todas as outras aprendizagens".

O bem-estar social e emocional dos alunos é também uma preocupação do Ministério da Educação que, explica João Costa, já atribuiu "recursos às escolas" e criou um site - o escolamais.dge.mec.pt - com "roteiros de apoio" para implementar as medidas de acompanhamento.

"Haverá um outro conhecimento de pormenor - saber a data concreta em que aconteceu qualquer coisa - que pode ter ficado para trás, mas o fundamental é que não percamos a oportunidade de dar aos alunos a competência para que, um dia mais à frente, quando quiserem entender essa informação, tenham capacidade para o fazer", defende o governante. Para isso, dotar os alunos de um "bom domínio de ferramentas essenciais de pesquisa, de compreensão e de relação" do que leem é "fundamental".

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