Numa semana duplicou o número de casos em Portugal ligados à variante indiana

Está aumentar muito o número de casos de Covid-19 relacionados com a variante indiana. Isso mesmo mostra o mais recente relatório de Monitorização das linhas vermelhas para a evolução em Portugal da Covid.

De um relatório para outro, ou seja, numa semana, o instituto Ricardo Jorge registou uma duplicação de casos numa das linhagens associadas à India, a B.1.617.2.

De acordo com o relatório publicado esta sexta-feira, até ao dia 2 de junho, tinham sido identificados 74 casos desta linhagem. Na semana anterior o número total de casos registados no país estava nos 37.

No mesmo relatório, e pela segunda vez, os especialistas admitem a hipótese que esteja a ocorrer de transmissão comunitária desta variante. Não há, por enquanto, certeza de que assim é. Apesar disso, os dados mostram que 33% das infeções identificadas com a variante indiana não estão relacionadas com viagens aos estrangeiro ou com casos já identificados anteriormente.

Certo é que a prevalência estimada desta variante indiana está agora nos 4,8%. Uma percentagem que, apesar de tudo, continua abaixo da de Manaus, também da variante sul-africana, e principalmente da inglesa, que está relacionada com quase 88% dos casos em território continental.

CONSULTE AQUI NA ÍNTEGRA O RELATÓRIO DAS "LINHAS VERMELHAS"

O Instituto Ricardo Jorge afirma que a Covid-19 continua numa fase ascendente, o número de infeções por 100 mil habitantes é agora de 71 casos, mais onze do que no relatório da semana passada.

Valores que preocupam também quando se olha para o futuro. De acordo com o relatório das Linhas Vermelhas, com o índice de transmissibilidade em 1,08, se a evolução se mantiver a este ritmo, em 15 a 30 dias, o território nacional irá atingir uma taxa de incidência acumulada a 14 dias de 120 casos por 100 mil habitantes.

Em Lisboa e Vale do Tejo não será necessário tanto tempo. O Instituto Ricardo Jorge estima que se nada se alterar, essa taxa será atingida em menos de duas semanas.

O relatório conclui que tanto o aumento do índice Rt, como o crescimento da frequência de novas variantes "devem ser acompanhados com atenção durante as próximas semanas". Principalmente, diz o Instituto Ricardo Jorge, nas "regiões com maior transmissão".

Os especialistas alertam para um eventual "aumento do número de hospitalizações, em especial na população sem esquema vacinal completo".

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