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Mariia Maas fugiu de Hostomel com o filho El'Dar, de cinco anos, que tem uma doença rara, depois de passarem a noite num abrigo sob ataque russo. A população civil foi protegida por soldados ucranianos, que sofreram muitas baixas, e esta mãe, que agora está no hospital pediátrico Okhmatdyt, conta à TSF que acabou por conseguir fugir numa carrinha, debaixo de fogo.

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O enviado especial da TSF à Ucrânia, Pedro Cruz, partiu esta segunda-feira de Lviv, onde esteve nos últimos dias, com destino à cidade de Odessa, no Sul do país. Como conta Pedro Cruz, são várias horas de viagem com pouca companhia no comboio, um dos meios de transporte mais utilizados na Ucrânia. As composições ferroviárias são equipadas com camas e beliches para que os viajantes possam descansar durante a noite.

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Odessa tem um mar imenso, azul, praias extensas, é um dos lugares favoritos dos ucranianos, no verão. A cidade património mundial tem barricadas diante dos monumentos e todo o areal está minado. "Como está Odessa?", pergunta Pedro Cruz, enviado especial da TSF à Ucrânia. A resposta vem firme, direta e com poucas palavras: "Estamos à espera dos 'convidados."
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A cidade costeira no sul da Ucrânia é um ponto estratégico da Rússia para bloquear o acesso do país ao Mar Negro. Pedro Cruz, enviado especial da TSF à Ucrânia, conta que esta terça-feira Odessa é "uma cidade praticamente deserta, há muito poucas pessoas na rua e muito poucos carros a circular", e, comparando com as cidades onde já esteve desde a chegada a solo ucraniano, diz que faz "lembrar Kiev e é exatamente o oposto de Lviv".

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Odessa foi atingida pela primeira vez por ataques russos esta segunda-feira e, embora estejam à espera do melhor, a cidade e a Cruz Vermelha já se preparam para o pior. Quando o telefone toca na sede da organização, numa cave de um edifício de escritórios, nunca se sabe se o que aí vem são boas ou más notícias. Pode ser uma oferta de medicamentos. Pode ser um especialista a voluntariar-se. Ou pode ser alguém a precisar de socorro, conta Pedro Cruz, enviado especial da TSF à Ucrânia.

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A Rússia só usará armas nucleares na Ucrânia se enfrentar uma "ameaça existencial", garantiu Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, esta terça-feira à CNN Internacional.

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Ivan Syniepalov, habitante de Mariupol, disse à TSF que há uma palavra comum no relato de todos os que saem da cidade: inferno. Os amigos dizem que o que se vive ali é inimaginável. Mariupol está cercada há várias semanas e apesar de as pessoas já não terem água, comida, eletricidade ou comunicações, a ajuda humanitária ainda não conseguiu lá chegar.

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Em Kiev, o chefe da Administração Estatal Regional, Oleksandr Pavliuk, afirmou no Telegram que durante o dia foram registados 30 bombardeamentos russos contra alvos ucranianos na região de Kiev, principalmente em Bucha, Brovary e Vyshhorod.

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Brovary fica tão longe do centro de Kiev como Sintra fica do centro de Lisboa. Neste subúrbio da capital ucraniana, a Igreja Católica do padre Roman Laba é também uma igreja fora de mão, nos limites exteriores da cidade. Mas isso não o impede de escutar a guerra. Roman Laba conta à TSF que a cidade "está normalmente calma, mas durante a noite foi atacada por mísseis".

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Um comboio humanitário composto por 21 autocarros e vários camiões com ajuda humanitária saiu esta manhã de Zaporizhya em direção a Mariupol, revelou a ministra ucraniana para a Reintegração dos Territórios Temporariamente Ocupados, Irina Vereshuk.

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Por cá, um dos três detidos no caso da morte e das agressões a polícias à porta de uma discoteca em Lisboa e que vitimou mortalmente um deles foi libertado esta terça-feira pelo Ministério Público, disse fonte ligada ao processo. Segundo adiantou a mesma fonte, o suspeito, civil, que se encontrava detido no estabelecimento prisional anexo à Polícia Judiciária, foi presente ao Ministério Público (MP) e após ser inquirido foi libertado.

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Nos Açores, a Proteção Civil "está a preparar medidas preventivas que possam ser adotadas num possível cenário de um sismo de maior magnitude ou de uma possível erupção" em São Jorge, resultante da crise sismovulcânica. As medidas estão a ser delineadas em articulação com as autarquias e agentes com responsabilidade na área de socorro às populações, revelando que "já se encontra na ilha de São Jorge um técnico do SRPCBA para reunir com os municípios e prestar apoio" e "está a ser operacionalizado o envio de equipamento de suporte para reforçar a capacidade de resposta da ilha em caso de necessidade".

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O primeiro-ministro considerou que uma redução do IVA sobre os combustíveis é a "chave" para controlar a atual escalada de preços, mas acentuou que essa medida será temporária, vigorando apenas na atual conjuntura de crise.

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