Obras no Porto. "Ainda não saímos de uma pandemia e já estamos noutra, que são as ruas fechadas"

A expansão do metro do Porto obrigou ao encerramento de algumas ruas do centro histórico. Os comerciantes e os que ganham a vida a mostrar a cidade aos turistas sentem que o negócio está a ser prejudicado.

Os comerciantes e os guias turísticos do Porto estão a tentar adaptar-se ao congestionamento provocado pelas obras de expansão do metro, que têm obrigado ao encerramento de algumas das mais importantes artérias da cidade. A Rua dos Clérigos fechou há uma semana e os efeitos já se fazem sentir nos negócios do centro histórico.

"Ainda não saímos de uma pandemia e já estamos noutra, que são as ruas fechadas", lamenta Miguel Aleixo, gerente de uma pastelaria na Rua dos Clérigos. O comerciante tem perdido clientes desde as obras começaram e não hesita em dizer que "a cidade está um pandemónio" com "tudo virado ao contrário".

Mais acima, junto à Torre dos Clérigos, Sílvia Resende confessa que o trânsito que resultou do encerramento das ruas tem afetado o negócio. Ao volante de um tuk-tuk, conta que alguns clientes saem a meio do percurso, já que num passeio de uma hora e meia, é possível ficar-se "25 minutos preso numa rua de 50 metros".

O encerramento da Rua dos Clérigos, que desagua na avenida dos aliados - onde não faltam obras -, alterou o sentido da Rua de Ceuta. A confusão está instalada, alerta Francisco Ferreira, acrescentando que "é quase impensável o que está a acontecer, os carros não sabem para onde se hão de dirigir".

"À boa maneira portuguesa", o guia turístico tenta agora "arranjar soluções e improvisar alternativas para que as pessoas que vêm de fora não fiquem com uma má imagem do país e da cidade".

Pelo menos até dezembro do próximo ano, as obras de expansão do metro do Porto vão continuar a congestionar a circulação em algumas das ruas mais movimentadas da cidade.

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