Orquestra do Algarve quer levar música a bairros sociais e a prisões

Com novo maestro titular, Martim Sousa Tavares, a orquestra pretende atrair novos públicos para a música erudita.

A partir de abril, a Orquestra Clássica do Sul (OCS) vai voltar ao seu nome original e passará a chamar-se Orquestra do Algarve. Tem também novo maestro titular, Martim Sousa Tavares, que está a colaborar desde setembro com a nova direção. Em 2002 foi criada com o nome " Orquestra do Algarve", mas em 2013, numa altura em que passava dificuldades financeiras, passou a ser Orquestra Clássica do Sul, para abranger uma região maior.

No entanto, segundo os atuais dirigentes a alteração da denominação "não trouxe ganhos" para o agrupamento musical. Por esse motivo, pretende ser de futuro unicamente uma orquestra da região e a trabalhar neste território. "É um novo ciclo", garante António Branco. "Uma orquestra mais humana, moderna e atenta à realidade e às pessoas", afirma o presidente da direção, antigo reitor da Universidade do Algarve.

Levar a música aos bairros sociais, ao interior algarvio, às prisões, lares e hospitais são algumas das ideias que os novos dirigentes querem colocar em prática.

Também o maestro titular pretende que a orquestra tenha uma papel participativo nos temas atuais da sociedade, e as fake news e a saúde mental são dois assuntos que pretende abordar através da música. "Não pensem que vamos ser sempre previsíveis e que será sempre Beethoven ou Mozart", adverte Martim Sousa Tavares.

Sousa Tavares quer uma orquestra"4x4, todo o terreno", que vá a territórios que até agora não alcançou, descubra novos públicos e, sobretudo, chegue aos jovens. Na sua apresentação como maestro titular anunciou que vai apostar em mudanças. "É desejável que apareçam novos formatos de intervenção da orquestra, novos espaços e horários, novo reportório", avisou. "Ir a um concerto desta orquestra será um privilégio", garante.

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