"Os políticos vão, os oceanos ficam." Marcelo diz que este é o local e altura certos para discutir os oceanos

Marcelo Rebelo de Sousa afirma que "a pandemia ou a guerra não podem ser desculpa para esquecer os desafios estruturais", como os oceanos.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou, esta segunda-feira, que este "é o tempo e o lugar certos" para esta conferência, sublinhando que é "uma honra e um prazer" ter António Guterres a promover este evento, "um homem de princípios e convicções, um promotor da paz, da justiça social e do desenvolvimento sustentável".

"Portugal é o país que é por causa dos oceanos. Portugal é uma plataforma entre oceanos, continentes, culturas e civilizações, no passado, no presente, no futuro. Às vezes com sucesso, outras falhando, mas sempre presente e construindo pontes, como esta coorganização frutuosa com o Quénia, outro construtor de pontes -- um do norte, outro do sul", disse Marcelo na cerimónia de abertura da Conferência dos Oceanos, lembrando que, apesar de dois anos de adiamento forçado, de pandemia de Covid-19, de guerra, de crise económica e social dramática e ainda coincidindo com a reunião do G7 e com a Cimeira da NATO, este "é o tempo certo, porque os oceanos são centrais no poder geopolítico, saúde, recursos económicos, mobilidade, migrações, desenvolvimento científico e tecnológico".

"É o tempo certo, porque devemos recuperar o tempo perdido e dar uma hipótese à esperança. Antes que seja tarde", reforçou Marcelo.

"Os políticos vão, os oceanos ficam", assinalou Marcelo. "Têm milhões e milhões de anos, são muito anteriores à humanidade, continuarão por milhões e milhões de anos, desde que cuidemos deles e paremos de os matar", adiantou, acrescentando que "os oceanos são vitais para tantas pessoas e para as gerações mais jovens que vão liderar o futuro".

"Este é o tempo certo, o lugar certo, a abordagem certa. A urgência da pandemia ou da guerra não podem ser desculpa para esquecer os desafios estruturais e os seus efeitos no nosso dia a dia", disse o chefe de Estado, frisando a "ambição" desta conferência e apelando à "cooperação global".

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