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A Câmara Municipal de Lisboa garante que não foi de ânimo leve que decidiu gastar mais de quatro milhões de euros no palco para as Jornadas Mundiais da Juventude.
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Esta manhã em conferência de imprensa, Anacoreta Correia, vice-presidente do município da capital, explicou que analisou várias propostas antes de escolher esta e reiterou que atendeu os pedidos da Igreja católica.
O país nunca viu nada assim: nem tal evento, nem tal palco, garante. "Venham ver de que é que estamos a falar, porque realmente é um palco que não tem comparação com nenhuma estrutura equivalente que se tenha feito em Portugal."
Anacoreta Correia convida todos a "ver para crer"
O processo foi rigoroso, ouviu-se empresas, lutou-se o preço baixou se o preço e chegou-se a este que que eu admito até pelo processo que teve que seja um preço razoável para o que aqui estamos a falar.
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Anacoreta Correia descreve um palco com nove metros de altura, que ocupa cinco mil metros quadrados, com elevadores laterais e estrada frontal.
"Entre bispos, padres, o coro, orquestra, o staff, a equipa técnica, enfim, tudo o que vai envolver um evento desta dimensão, temos que se perspetivar um altar para cerca de duas mil pessoas", aponta.
Com IVA, o super-palco/altar ultrapassa os cinco milhões, e para que nada falhe num evento anunciado em 2019, a lei permite que estas obras se façam por ajuste direto.
"Eu prefiro concursos públicos e também como cidadão compreendo a as dúvidas e os receios... mas é preciso ter a noção que esta dimensão é um evento único. Podemos ter todos os cuidados, mas [a obra] tem que estar feita naquele dia. E o processo público muitas vezes é feito de impugnações. Depois, tendo um determinado um caminho é difícil concluí-lo."
Assim, fica tudo pronto a tempo e o orçamento ainda cobre a reconversão do palco para outro mais pequeno que ficará no local.
"Nenhum dono de obra, deve admitir derrapagens, porque se não está a dizer aos seus fornecedores que podem derrapar e, portanto, a minha obrigação enquanto responsável político é ser o mais cauteloso possível em relação a essa possibilidade, não desconhecendo aquilo que é prática", lembra Anacoreta Correia.
A Câmara Municipal de Lisboa já gastou a maior parte dos 35 milhões que tem para o evento, sobram agora 13,5 milhões. No recinto principal cabe à igreja pagar a decoração do placo.