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Portugal já passou por "cinco grandes ondas epidémicas", sendo que o pico da quinta vaga foi a 28 de janeiro. A conclusão foi expressa por Pedro Pinto Leite, especialista em saúde pública da DGS, durante a reunião do Infarmed, que decorreu esta quarta-feira.
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O especialista avaliou a situação epidemiológica em Portugal, tendo como base o período até ao último domingo, dia 13 de fevereiro.
Na última semana, foi registada uma média diária de 22 mil casos. Pedro Pinto Leite destacou que estamos "numa fase decrescente da onda pandémica relacionada com a Ómicron".
Todas as regiões do país estão com uma "tendência decrescente" da pandemia, bem como todos os grupos etários.
Segundo dados apresentados por Pedro Pinto Leite, a incidência cumulativa a sete dias por 100 mil habitantes, entre 7 e 13 de fevereiro, foi de 1562 casos, o que representa menos 45% relativamente ao período homólogo.
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"Ao longo desta onda conseguimos manter com incidências relativamente mais baixas os grupos etários mais velhos", explicou o especialista, que sublinhou que "temos uma diminuição da incidência acompanhada pela diminuição da positividade."
Pedro Pinto Leite destacou também a proteção conferida pela vacinação, com 91% da população vacinada com as duas doses da vacina. O especialista referiu também que há 88% da população com 50 ou mais anos que já tomaram a dose de reforço da vacina.

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Risco de internamento "duas a sete vezes inferior" com vacinação completa
Pedro Pinto Leite também destacou o impacto positivo da vacinação nos indicadores da pandemia. O risco de internamento foi "duas a sete vezes inferior" com vacinação completa. Os serviços de saúde verificaram uma "estabilização", com "tendência decrescente no número de doentes em unidades de cuidados intensivos".
O risco de internamento foi "duas a sete vezes inferior" com vacinação completa. Os serviços de saúde verificaram uma "estabilização", com "tendência decrescente no número de doentes em unidades de cuidados intensivos".
"Estamos muito longe do que estivemos no inverno passado", afirmou, durante a reunião do Infarmed.
O impacto na mortalidade também "estabilizou" e está agora com "tendência decrescente".
"O risco de morte com vacinação completa é duas a seis vezes menor", notou Pedro Pinto Leite.
Por fim, o especialista diz que a fase atual é "favorável" à revisão das medidas de combate à pandemia.