- Comentar
Todos os anos surgem em Portugal cerca de dois mil novos casos de tuberculose, uma das doenças infecciosas mais mortais. Os distritos mais afetados são Lisboa e Porto, conta à TSF o presidente da Comissão de Tuberculose da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, António Domingos.
Esta é uma doença ainda associada "à pobreza, más condições higiénico-sanitárias e atraso na procura aos cuidados de saúde".
Depois de vários meses de interrupção devido à pandemia, os rastreios à tuberculose já foram retomados.
Ainda não há números sobre a doença no ano passado. Mas o pneumologista acredita que a incidência da doença possa ter baixado em Portugal devido às medida de prevenção do contágio de Covid-19, como o uso de máscara e o distanciamento físico.
Covid-19 pode ter contribuído para diminuir transmissão da tuberculose
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
Por outro lado, a pandemia pode ter comprometido o compromisso dos líderes mundiais para erradicar a tuberculose do mundo nesta década. "Não há uma bala mágica para acabar com esta doença", e a Organização Mundial de Saúde lembra "que o tempo está a contar".
Os sintomas de tuberculose não devem ser desvalorizados, alerta António Domingos, como tosse, expectoração, febre ao fim do dia ou durante a noite.
Entre o aparecimento dos primeiros sintomas e a procura de cuidados de saúde, o tempo é geralmente longo. Enquanto não sabe que tem tuberculose, o doente pode contagiar outras pessoas e, ao mesmo tempo, a doença "vai avançando".
"Sem um diagnóstico precoce, uma doença que podia ser ligeira torna-se moderada ou até grave", alerta o pneumologista.
A tuberculose afeta todos os anos cerca de 10 milhões de pessoas em todo o mundo.