PCP e BE criticam demora na contratação de profissionais para o IPO de Lisboa

A deputada do PCP Paula Santos acusa o Governo de "falta de vontade política".

O PCP e o Bloco de Esquerda manifestam preocupação em relação à demora na contratação de novos profissionais para o IPO de Lisboa. Os comunistas questionaram o Governo, no mês passado, quando a TSF avançou a notícia da saída de 50 profissionais do Instituto Português de Oncologia. A deputada Paula Santos conta que recebeu garantias dos ministérios da saúde e das finanças de que o problema seria resolvido.

Por isso, em entrevista à TSF, a deputada comunista não esconde a apreensão: "É uma situação preocupante. Entendemos que o Governo deve rapidamente tomar as medidas necessárias para que se possa proceder à contratação dos trabalhadores necessários para que os aceleradores lineares possam funcionar e que possam assegurar os tratamentos aos doentes oncológicos."

Para Paula Santos, "não faz sentido que, havendo estes equipamentos nas instituições públicas, se continue a fazer a transferência de doentes para grupos privados porque há necessidade de trabalhadores".

A deputada acrescenta ainda que "não há nada que impeça o Governo de proceder a essas contratações a não ser a falta de vontade política".

Em defesa do Serviço nacional de saúde, o PCP defende mesmo que instituições com autonomia, como o IPO, não deviam precisar de autorização do Ministério das Finanças, para reforçar os quadros de pessoal.

No mesmo plano, o deputado do Bloco de Esquerda Moisés Ferreira lembra que o partido tem defendido a autonomia das instituições, nas contratações, sem terem de ficar à espera do que chama de "cascatas" de autorizações.

O deputado bloquista deixa três pedidos ao Governo: "revisão e melhoria das carreiras dos profissionais de saúde para os fixar no Serviço Nacional de Saúde, autonomia às instituições para agilizar as contratações que são necessárias, a publicação da portaria de reconhecimento do físico médico e que, nesse reconhecimento, garanta condições de trabalho e de remuneração que sejam as suficientes para cumprir os rácios."

Moisés Ferreira entende que tem faltado investimento e vontade do Governo, para apostar no Serviço nacional de saúde, até porque o Bloco tem insistido em várias propostas.

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