Novas buscas na Câmara de Lisboa por suspeitas de corrupção na presidência de Medina

Nas buscas de segunda-feira foram constituídas arguidas três sociedades e os respetivos representantes legais.

A Polícia Judiciária voltou, esta terça-feira, à Câmara Municipal de Lisboa por suspeitas de corrupção durante o mandato de Fernando Medina, atual ministro das Finanças, sabe a TSF.

Três sociedades e os respetivos representantes legais foram na segunda-feira constituídos arguidos no processo que motivou a realização de buscas na Câmara Municipal de Lisboa, disse a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Na quarta-feira da semana passada, a TVI/CNN Portugal noticiou que a Polícia Judiciária realizou buscas na Câmara de Lisboa por "suspeitas de corrupção, participação económica em negócio e falsificação", numa nomeação para "prestação de serviços que foi assinada em 2015" pelo então presidente da autarquia, Fernando Medina (PS), que é agora ministro das Finanças.

A Câmara de Lisboa confirmou as buscas no departamento de Urbanismo, mas remeteu mais esclarecimentos para as autoridades judiciais.

Na quinta-feira, em declarações aos jornalistas, Fernando Medina disse ter pedido para ser ouvido no âmbito do processo que motivou a realização de buscas na Câmara de Lisboa, salientando, contudo, que desconhecia "em absoluto" a investigação em curso.

Fernando Medina, que presidiu à Câmara de Lisboa entre abril de 2015 e outubro de 2021, afirmou ainda que a escolha de Joaquim Morão para apoio técnico na gestão e coordenação de obras municipais em Lisboa foi sua e que não se arrepende tendo em conta o perfil do ex-autarca.

Também na quinta-feira, numa nota enviada à Lusa, o histórico socialista e ex-autarca de Castelo Branco Joaquim Morão dizia não ter praticado qualquer ato ilícito no âmbito da prestação de serviços de consultadoria à Câmara de Lisboa, manifestando total disponibilidade para colaborar com a investigação.

No mesmo dia, em declarações aos jornalistas à margem da inauguração do novo escritório de uma empresa em Lisboa, o atual presidente do município da capital, o social-democrata Carlos Moedas, disse que as buscas realizadas na terça-feira "se referem a mandatos anteriores", assegurando que a autarquia "vai colaborar obviamente com a justiça".

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