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Portugal deve ficar vários dias acima do patamar das duzentas mortes diárias por Covid-19. A previsão é da presidente da Associação Portuguesa de Epidemiologia que sublinha que o número a que o país chegou esta terça-feira (218 óbitos em 24 horas) já era previsto mais ou menos para esta altura pelas estimativas feitas recentemente no Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto.
À TSF, Elisabete Ramos diz que gostava de esperar o contrário, mas não é isso que indica a evolução dos números de infetados diagnosticados: "Neste momento ainda é expectável que os números continuem a subir pois não temos nenhuma indicação de que vão começar a descer".
A única boa notícia é que "há alguma indicação de que pode ter começado a reduzir a velocidade com que crescem os novos casos de infeção", ou seja, "o primeiro passo para depois se começar a decrescer", refere a especialista.
O problema é que, diz a experiência e os meses de pandemia, que "só vamos começar a ver um decréscimo no número de óbitos cerca de uma ou duas semanas depois de começar a decrescer o número de casos", algo que ainda não se verificou.
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Pelo contrário, continua Elisabete Ramos, "ainda estamos na fase de aumentar o número de novos casos e não é expectável que o número de óbitos possa vir a reduzir em breve", podendo até subir um pouco porque ainda estamos numa fase ascendente dos contágios.
O esperado, admite a presidente da Associação Portuguesa de Epidemiologia, é que "os próximos dias sejam igualmente maus".

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