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Portugal foi o único país da OCDE onde o desempenho dos alunos melhorou de forma expressiva na leitura, matemática e ciência.
Os dados referem-se a 2018 e abrangem os sistemas educativos dos países que participam nos testes PISA. Na última década, as despesas com os alunos do primário e secundário aumentaram mais de 15% em toda a OCDE, mas isso não se traduziu na melhoria de resultados.
O relatório divulgado esta terça-feira mostra que, entre os 79 sistemas de ensino analisados, apenas sete registaram progressos, entre os quais Portugal é o único membro da OCDE. O PISA considera estes resultados dececionantes.
Há outros dados em que o desempenho do país não é tão positivo. Portugal aparece em terceiro lugar na lista de países com mais falta de recursos humanos no ensino público.
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Quase 68% dos diretores das escolas portuguesas que foram ouvidos dizem que têm funcionários a menos. Quando se fala de professores, o número cai para 32%. Em média na OCDE os valores são respetivamente de 33% para os funcionários e de 27% relativamente aos professores.
Outro dado em que o país fica mais abaixo na tabela são os chumbos. Entre os alunos de 15 anos, 26,6% dizem que já ficaram retidos pelo menos um ano. Em 2018, a média na OCDE era de 11,4%.
Entre os países europeus analisados, só a Bélgica, o Luxemburgo e a Espanha apresentam números mais elevados. A condição socioeconómica tem um peso direto no chumbo dos alunos. Portugal é o segundo país da OCDE em que os jovens mais desfavorecidos têm mais probabilidade de ficarem retidos do que os colegas que vivem num contexto económico melhor.