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O antigo líder da CGTP Manuel Carvalho da Silva receia que a postura intransigente do Governo possa prejudicar tanto os professores como os alunos e considera que a luta dos profissionais da educação é legítima.
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"Se o primeiro-ministro se mantiver intransigente, se o Presidente da República começa a insinuar que é preciso cedências, vamos ter problemas muito graves. Os derrotados serão as crianças, as famílias, os nossos filhos e netos, o sistema de ensino. Os professores estão a reivindicar o quê? Estão a protestar contra a precariedade chocante, estão a reclamar que o tempo que trabalharam seja contado, importante para as suas carreiras e reformas. Isto mostra o que foi o empurrar com a barriga ao longo do tempo", defendeu Carvalho da Silva na entrevista à TSF e JN.
Manuel Carvalho da Silva critica ainda a política de contas certas defendida pelo Governo. O antigo secretário-geral da CGTP defende que essa é uma forma de o Executivo implementar medidas de austeridade.
"A política de contas certas é uma política errática. A expressão contas certas não é mais do que o eufemismo que o PS utiliza para políticas de austeridade. Como sabe que o conceito de austeridade é um conceito carregado de limitações aos direitos das pessoas e carregado de sacrifícios para os trabalhadores e para setores mais frágeis da sociedade e um empecilho ao desenvolvimento, arranjaram esta designação de contas certas. É uma limitação que não tem fundamentação, nem técnica e muito menos do ponto de vista social e cultural", acrescentou o antigo líder da CGTP.
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